Quinta-feira, 28 de Março de 2024

Rangel promete investigação rigorosa para averiguar servidores que receberam auxílio emergencial indevidamente

2020-06-01 às 09:41

Na manhã desta segunda-feira (1) o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, voltou a comentar a denúncia de que 330 servidores públicos municipais teriam recebido auxílio emergencial indevidamente. 

De acordo com Rangel, a Caixa Econômica Federal informou que os cidadãos inscritos no CadÚnico tiveram os valores depositados em conta automaticamente. “Nós fomos avaliar e, isso aconteceu, sem dúvida, com muitos servidores”, comenta Rangel.

O prefeito explicou que a grande maioria dos 330 funcionários públicos são estagiários que, por norma da Prefeitura Municipal, foram inscritos no CadÚnico para receber o benefício do transporte público. 

 “Muita gente acabou recebendo automaticamente, porque estão inscritos no CadÚnico, porém não são todos”, admite. Ele acrescentou que a Procuradoria Geral do Município está fazendo um levantamento junto com o Tribunal de Contas da União e será aberta uma investigação rigorosa para averiguar se houve fraude ou não.

Solicitação pode ter sido feita antes da contratação

Rangel enfatizou ainda que a solicitação para receber o auxílio emergencial pode ter sido feita antes do funcionário ser admitido na Prefeitura Municipal. “Algumas pessoas fizeram o cadastro e quando saiu o resultado, 20 dias depois, elas já estavam admitidas. Tudo isso está sendo investigado e, se por algum acaso teve algum tipo de dolo, certamente elas vão acabar se incomodando com a Justiça”, garante.

Circula lista não oficial com o nome dos servidores

Na última semana, começou a circular uma lista não oficial com nomes dos possíveis servidores públicos que teriam recebido o auxílio emergencial indevidamente. “É preciso tomar muito cuidado. Não dá para condenar as pessoas só por causa da lista. Nem todas aquelas pessoas podem estar de má fé ou dolo. Existem exceções e pessoas que receberam involuntariamente”, afirma Rangel.

Investigação severa

O prefeito enfatizou que além de devolver os valores, os servidores deverão passar por um processo administrativo e poderão perder o emprego na Prefeitura Municipal. “Isso é muito grave e pode levar inclusive à demissão de diversos servidores por justa causa”, adianta. “Se alguém fez o cadastro, recebeu indevidamente o depósito e teve dolo nisso, vai acabar tendo muita dificuldade com a Justiça e questões administrativas serão severas”, frisa.

As declarações foram dadas durante o ‘Programa Nilson de Oliveira’, comandado por Rangel na Rádio Mundi FM.