Quinta-feira, 18 de Abril de 2024

Guarapuava recebe pacientes com Covid-19 de outras regiões

2020-06-26 às 09:53

Nesta semana, dois leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São Vicente, destinados ao atendimento exclusivo de pacientes da Covid-19,  passaram a ser ocupados por  pacientes de Cascavel. Na cidade do Oeste paranaense, a crescente rápida na confirmação de casos sobrecarregou o sistema de saúde local e, com isso, alguns pacientes foram realocados para hospitais de outras regiões, incluindo Guarapuava. “Trata-se de um procedimento padrão, que ocorre em todo o Estado. O mesmo poderia ser aplicado aqui, com deslocamento de pacientes nossos para outras cidades, caso fosse necessário”, explicou o secretário de Saúde, Jonilson Pires.

Para enfrentamento à Covid-19, Guarapuava conta com o Hospital São Vicente como único credenciado pelo Estado para prestar esse tipo de atendimento a todos os 20 municípios da 5ª Regional de Saúde, ou seja, um universo de aproximadamente 500 mil pessoas. A Unidade conta com 10 leitos exclusivos para pacientes suspeitos ou em tratamento contra o novo coronavírus, dos quais, hoje (25) dois deles estão ocupados por pacientes de Cascavel, um de Rio Bonito do Iguaçu e dois pacientes guarapuavanos.

Nos boletins diários lançados pela Prefeitura, os números de internação contabilizam apenas casos confirmados de pacientes de Guarapuava. Por isso, a informação de que não há registro de internação no boletim local, não reflete, necessariamente, na liberação total de leitos de UTI do Hospital São Vicente.

“Hoje, mesmo não constando nenhuma internação em nosso boletim local diário, nós estamos com 50% de ocupação na UTI Covid. Isso porque, como estamos reiterando desde o início da pandemia, os pacientes vindos de outras cidades não entram em nossas estatísticas locais”, enfatizou o secretário.

Com relação aos dois pacientes de Guarapuava que ocupam a UTI do São Vicente, a chefe do Departamento de Epidemiologia, Chayane Andrade, reitera que não são casos confirmados, por isso, não entram no boletim. “Todo paciente com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) fica hospitalizado na UTI Covid. É um protocolo médico adotado na pandemia. Mas, nas estatísticas locais, eles só serão inseridos após o resultado do exame do Lacen atestar positivo”, esclareceu Chayane. Atualmente, a chegada dos resultados do Lacen demora, em média, cinco dias.

“O importante é que a população tenha consciência de que estamos em período de alerta epidemiológico, não podemos afrouxar o distanciamento social ou nos deixar levar por uma sensação momentânea de que estamos em uma situação confortável. É preciso que permaneçamos vigilantes e comprometidos com a saúde coletiva”, completou Jonilson.

Informações e imagens: Prefeitura de Guarapuava