Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

Vídeo: “Temos 1% da população de Ponta Grossa infectada pela COVID-19”, relata secretário-adjunto de Saúde

2020-08-18 às 19:26

Na tarde desta terça-feira (18), em entrevista ao comunicador João Barbiero, a secretária de Saúde de Ponta Grossa, Ângela Pompeu e o secretário-adjunto de Saúde, Rodrigo Manjabosco, contaram um pouco do panorama da saúde em Ponta Grossa, bem como as medidas de combate à COVID-19 em Ponta Grossa. Confira abaixo os principais pontos abordados neste bate-papo.

‘Platô’ ainda não chegou

Para o secretário Rodrigo Manjabosco, a cidade ainda não atingiu o chamado platô da doença e é sempre bom ficar alerta. “No nosso sistema interno, notei um aumento de novos casos nessa semana, ou seja, ainda estamos em pandemia, e ainda vamos atingir o platô da doença”, diz.

Cuidado da população é fundamental

Sobre as medidas de combate, o secretário adjunto relata que o cuidado da população é fundamental. “Temos hoje pouco aumento em internamentos, porém, um número alto de casos leves. O vírus está solto, e para não encontrar com ele, o ideal é usar a máscara, distanciamento social e higiene rigorosa”, relata.

Para a secretária, Ângela Pompeu, o distanciamento tem diminuído e não é o mesmo de por exemplo, meses atrás. “No início víamos o respeito ao isolamento social. Porém, houve muitas reuniões familiares, festividades, isso ajuda a contaminar, sobretudo aqueles que não seguem as normas de combate”, esclarece.

Apoio da população

Manjabosco relata que mantém a confiança na população de Ponta Grossa no combate ao coronavírus. “Nós temos os melhores números do Paraná entre grandes cidades, isso se deve à população ponta-grossesnse, eu sigo confiando na população, se não fosse por ela não estaríamos nesse nível”, comenta.

Óbitos, grupos de risco e volta às aulas

Sobre os óbitos e o grupo de risco, os secretários relatam que a maioria era de pessoas com comorbidades. “Temos que ter todos os cuidados, prioritários, com o grupo de risco, pois essas são as maiores vítimas do vírus. Então, reforçando, todas aquelas regras de combate seguem valendo, máscara, álcool em gel, distanciamento”.

O secretário-adjunto de Saúde, Rodrigo Manjabosco, relata que teme pela volta às aulas, inclusive, citando casos pessoais. “Eu por exemplo, não mandarei minhas filhas para a escola, porque não confio na total segurança delas nesse momento”, conta.

Batalha é longa

Quando indagados sobre quando essa pandemia pode acabar, os secretários mostram uma opinião realista do caso. “Nossa cidade tem 1% da população infectada, no mundo são 22%”, explica o doutor Manjabosco. Ele ainda relata que crê que a pandemia ainda dure até 2021. “Creio que vá até o ano que vem, claro, em menor escala, porém a batalha é longa”.

Liberdade de escolha

Após ser perguntado sobre os decretos em vigência na cidade, o secretário-adjunto relata que o poder de escolha e o bom senso são coisas individuais. “Eu por exemplo, não vou em grandes reuniões familiares, a bares, em restaurantes. Não é porque as coisas estão abertas e o decreto permite, que as pessoas devem frequentar todos os lugares”, afirma.

Hospital Municipal

Sobre os atendimentos na cidade, as autoridades explicam, como foi o processo de atendimento da situações suspeitas de COVID-19. “Desde o começo o Hospital Municipal foi recomendado como retaguarda dos casos de coronavírus. Porém, nesse momento, com o aumento da curva, nós não podemos negar o atendimento neste local”.

EPI’s

Sobre os EPI’s, Manjabosco afirma que não há falta de materiais de proteção na cidade. “Não há falta, o que há em todo lugar do mundo, é um uso em excesso. O mundo não usava tanta máscara assim, por exemplo. E nós como gestores não podemos entrar na histeria, se entrarmos na histeria, perdemos o controle”, coloca.

Para a secretária Ângela Pompeu, existe um edital para comprar mais materiais, porém, ela observa a necessidade de usar melhor o que têm em menos quantidade.

“Dentro da norma técnica, o ideal é usar melhor o que tem pouco. Hoje temos edital para compra de 250 máscaras cirúrgicas. E mesmo assim ainda não podemos ter certeza do fornecedor entregar essa quantia de materiais”, explica.

Ivermectina

Sobre uma possível compra do medicamento Ivermectina, o secretário explica que não será feito por parte do município enquanto não houver uma comprovação científica. “Não há comprovação técnica, científica, por isso o município suspendeu a compra nesse momento”, relata.

Testes

Por fim, uma novidade surgiu na conversa, o secretário-adjunto, fez uma explicação sobre um novo jeito de testar os pacientes na cidade, feito totalmente pelo SUS e sendo a coleta diretamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). O procedimento é feito por uma máquina, e é uma inovação na cidade. Trata-se de um ‘teste rápido’, com eficácia comprovada.

“Os testes serão feitos nas UBS, caso seja necessário a coleta de sangue. É um processo 100% pelo SUS, onde o paciente pode acessar no dia seguinte o resultado do exame”, diz.

Veja a entrevista na íntegra:

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Posted by João Barbiero on Tuesday, August 18, 2020