Na manhã desta quarta-feira (20), a Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná (SEED) se manifestou sobre o caso em que um professor é acusado de assediar alunas de 13 anos, dentro da sala de aula, no Colégio Cívico-Militar Frei Doroteu de Pádua, localizado no distrito de Periquitos, em Ponta Grossa.

Em nota enviada ao D’Ponta News, a SEED afirma que duas alunas teriam feito a denúncia sobre o assédio ao diretor do Colégio, que teria registrado a queixa em uma ata. Na sequência, o diretor teria comunicado os pais das alunas e teve uma reunião com o professor acusado.

No documento, a Secretaria ainda explica que o Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa está analisando a ata e os relatórios sobre as queixas de assédio e que será aberta uma sindicância e um processo administrativo disciplinar sobre o caso.  “O professor pode ser afastado antes mesmo da conclusão da sindicância”, afirma.

O próximo passo será a publicação de uma resolução que designa os servidores que farão parte da comissão que fará a apuração dentro da sindicância. “Essa comissão tem até três dias para deliberar e pode decidir pelo afastamento imediato do professor. Após, a sindicância tem até 30 dias para ser concluída, com a possibilidade de demissão do professor”, consta no documento.

O que diz o Colégio

A reportagem do portal D’Ponta News também entrou em contato com o diretor do Colégio, Roger Andrade. Segundo ele, as alunas que relataram os casos têm, em média, 13 anos, e são do 8º ano do Ensino Fundamental II.

“Quando os primeiros estudantes começaram a se queixar que a postura do professor era inadequada dentro de sala de aula, que quando as estudantes saíam para ir ao banheiro, ele ficava olhando para elas, que dava preferência para que as meninas estivessem perto da carteira do professor, e não os meninos, nós já começamos a fazer os registros em ata”, explica o diretor.

Roger ainda afirma que o Colégio possui as imagens das câmeras de segurança e que irá dispobilizar para a Polícia, caso seja necessário. “Nós tomamos o cuidado de deixar esse professor nas salas em que as câmeras funcionam, justamente para que, se acontecesse alguma coisa, a gente tivesse imagens. Ontem o professor veio até a escola, mas disse que iria até o Núcleo para deixar essas aulas do Frei Doroteu e não deu aula ontem. Ainda não tive o retorno do Núcleo, se ele deixou as aulas ou não”, conclui.

Segundo o diretor, as famílias foram comunicadas e orientadas sobre como proceder. “O Sub-Tenente João Carlos orientou que as famílias que quisessem poderiam fazer um boletim de ocorrência junto ao Nucria e foi o que elas fizeram”, diz.

Confira a nota da SEED na íntegra:

O diretor do Colégio Cívico-Militar Frei Doroteu de Pádua, ao ser informado sobre a conduta do professor, realizou um registro em ata, comunicou os pais das alunas que haviam feito queixas e teve uma reunião com o professor.

Neste momento, o Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa analisa a ata e os relatórios sobre as queixas. Será aberta uma sindicância e um processo administrativo disciplinar. 

O professor pode ser afastado antes mesmo da conclusão da sindicância.

Agora, haverá a publicação de uma resolução que designa os servidores que farão parte da comissão que fará a apuração dentro da sindicância. Essa comissão tem até três dias para deliberar e pode decidir pelo afastamento imediato do professor. 

Após, a sindicância tem até 30 dias para ser concluída, com a possibilidade de demissão do professor.