Em 25 de novembro acontecem as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção de Ponta Grossa (OAB-PG). O pleito tem duas novidades, pela primeira vez na história a disputa em Ponta Grossa tem três chapas concorrendo, além disso, a votação será realizada de modo virtual, por meio da plataforma on-line Webvoto.

Nossa equipe conversou com Angelo Pilatti Junior, candidato à presidência pela chapa Advocatus, que tem Marcos Luciano de Araújo como vice.

Qual é o propósito/missão da chapa?
ADVOCATUS surgiu como uma OPÇÃO de voto ao advogado, ou seja, mais uma oportunidade da classe jurídica poder escolher seu representante junto ao seu órgão de classe. A chapa é composta de profissionais engajados com os mesmos ideais de trazer a OAB mais próxima do advogado e da sociedade. Não tratamos como oposição, mas sim como uma opção para novas ideias, propostas e realizações.

Quais são as suas principais propostas?
Muitas propostas estão sendo elaboradas com a necessidade de um estudo mais aprofundado, para podermos colocar em prática planos possíveis de concretização, pois nosso fundamento é o respeito ao advogado, por isso nossas propostas são sérias e aprofundadas. Não podemos procurar a confiança do advogado com promessas ilusórias, como já vimos em algumas ocasiões. Assim, a ADVOCATUS vem propor uma advocacia séria e bem representada. Buscaremos a proteção total às prerrogativas dos advogados e advogadas, pois somente com a devida assistência do trabalho é que conseguimos resultados efetivos, primando pela justiça, pelo direito, pela defesa ao estado democrático de direito. Queremos também um olhar concreto ao advogado iniciante, que sabemos da dificuldade de ingresso ao mercado de trabalho. Precisamos trazer o advogado que se formou agora, conquistou sua carteira funcional e, realidade de muitos, não encontra uma porta aberta para trabalhar. E ao mais experiente, resgatá-lo de volta a OAB, trazer cursos de aperfeiçoamento a todos, convívio social, convênios, estimular que advogados dinamizem o trabalho das comissões. A pauta de nossas propostas é extensa, para isso o diálogo é aberto para ouvir os anseios da classe. Mas todos os advogados serão bem-vindos para propor ideias e projetos, será uma gestão que respeita as prioridades da Advocacia na subseção.

Por que a chapa Advocatus é a mais bem preparada?
A ADVOCATUS, como já dito, são profissionais preparados, destacados em suas funções, com o mesmo sentimento de amor a profissão e extensivo à sua casa (OAB) e que também se sentem distantes dela. Comungamos do mesmo pensamento que não estamos sendo oposição, mas sim apresentando mais oportunidade de escolha. Isso fortalece o diálogo, fortalece a democracia que devemos ter. Pensamos ser hora de renovar os advogados gestores da nossa OAB local, não nos preocuparmos em cultuar chapas, mas sim trabalharmos por uma OAB efetiva e receptiva aos seus membros. Nossa campanha tem caminhado com respeito, força e determinação. Somos a opção certa para devolver a OAB Subseção Ponta Grossa de volta a quem sempre deveria pertencer – os Advogados.

Hoje, quais são as principais dificuldades encontradas pelos advogados no que se refere ao início na profissão?
São inúmeras as dificuldades. O advogado e advogada vindos de uma graduação bastante exigida, passam pelo crivo de um exame difícil, pela complexidade da profissão. E após estarem devidamente credenciados, muitos precisam exercer outra profissão porque não conseguem estabilidade ou oportunidade. Pensamos que a OAB não pode fechar os olhos a esta situação. Outro ponto observado pelos jovens que chegam até nós, é a sua prerrogativa atingida, por serem iniciantes, que algumas vezes encontram barreiras nas próprias instituições ao não conseguirem resguardo ou até mesmo respeito que a profissão exige, dentro destas mesmas prerrogativas.

Em um cenário pós-pandemia, o senhor crê em grandes alterações nos modelos de atendimento e busca por serviços na área do Direito?
A pandemia trouxe alterações que particularmente eu acredito vieram para ficar. Em alguns segmentos do judiciário, essas mudanças já vinham ocorrendo, mas a passos mais lentos. O estado de isolamento e as normas sanitárias exigiram um modelo virtual de audiências, de reuniões com clientes que devem se manter neste formato. Em alguns aspectos positivos, trouxe celeridade, e esperamos que as tramitações dos conflitos sejam agilizadas, sejam produtivas. Eu sou um advogado que acompanhou ao longo da carreira essas mudanças, desde o balcão dos cartórios em que carregávamos fardos de papel dos processos até essa digitalização e disponibilidade das tecnologias a nossa mão. E posso afirmar, que as mudanças fantásticas dos últimos anos deu aos advogados condições de trabalho mais efetivas, porém, pra isso, precisamos nos atualizar, acompanhar toda a evolução e fazer das mudanças uma ferramenta sempre potente de trabalho. A OAB precisa dar esse acompanhamento ao advogado e atualizá-lo a realidade da nossa profissão.

Sobre a Chapa

Presidente 

Angelo Pilatti Junior é advogado especialista na área criminal, graduado na primeira turma da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná. Foi vereador de Ponta Grossa por três mandatos consecutivos, onde ocupou todos os cargos do poder legislativo, inclusive Presidente da casa.

Na área de segurança pública , foi responsável pelos projetos de implementação da 13° Subdivisão Policial , de quatro delegacias distritais e do Instituto Médico Legal – IML, além de ser um dos idealizadores do Conselho Comunitário de Segurança de Ponta Grossa.

Em dezembro de 2021, o advogado completa 60 anos de vida profissional, tendo atuação em mais de 20 comarcas do Paraná e participado de 437 sessões do Tribunal do Júri. Pillati ainda trabalhou como docente de Direito Usual, Economia Política e Direito Penal e apresentador do programa de rádio “O ouvinte pergunta, a Lei responde” – que ficou no ar por 35 anos.

Vice

Marcos Luciano de Araújo, candidato à vice-presidente da Advocatus é formado em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). É especialista em Direito Civil e Empresaria pela PUC-Paraná, Direito Aplicado pela Escola da Magistratura do Paraná e Direito Penal e Criminologia pelo Instituto de Criminologia e Política Criminal (ICPC)

Araújo é membro da Associação Paranaense de Advogados Criminalistas (Apacrimi) e da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (ABRACRIM). Atualmente é professor da disciplina eletiva Tribunal do Júri do Centro Universitário Santa Amélia (UniSecal).

Há 18 anos no exercício da advocacia, Marcos já foi Presidente da comissão de direitos humanos da OAB, membro do Conselho Comunitário de Segurança e do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas (COMAD).  Elaborou projeto enviado ao Ministério da Justiça e Departamento Penitenciário para construção da Casa de Custódia – visitando todas as cadeias da região abrangida pela 13 subdivisão policial. Foi ouvidor da OAB e Coordenador do Mutirão Carcerário, além de já ter atuado como advogado dativo.

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