Neste domingo é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, uma das doenças mais incidentes em todo o mundo e que ainda é cercada de desinformação, com diversos mitos populares sobre essa condição. A seguir listamos cinco deles e esclarecemos a verdade sobre o assunto; confira:
A endocrinologista Paula Bruno Araújo destacou: “Na verdade, a ingestão de muito doce/açúcar colabora para o ganho de peso, e contribui para agravar o diabetes. O sobrepeso aumenta a chance de desenvolvimento da doença”.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), quando não tem os fatores de riscos — obesidade, sedentarismo e histórico familiar — consumir açúcar exclusivamente, não leva à doença. No entanto, quem tem diabetes precisa moderar o consumo.
Segundo a especialista, a principal fonte de açúcar da alimentação são os carboidratos, como pães, massas, tubérculos e farinha. “O diabetes é multifatorial, depende dos hábitos de vida (má alimentação, sobrepeso e sedentarismo). O histórico familiar é muito importante, por isso, algumas pessoas vão desenvolver diabetes mesmo tendo hábitos de vida saudáveis”, explica.
A SBEM reforça que não há restrições aos carboidratos, mas as porções devem ser controladas, pois a alimentação saudável é fundamental.
A SBEM informa que, “embora as frutas sejam saudáveis, elas contêm carboidratos e, por isso, devem obedecer ao planejamento alimentar”.
Os sintomas do diabetes não são claros ou pré-estabelecidos, pois podem variar entre as pessoas. Manter os exames em dia é imprescindível para detectar a doença e, consequentemente iniciar o tratamento imediato. Segundo Paula, o ideal é rastrear através de exames. A pesquisa deve ser feita em qualquer paciente com predisposição ou que apresentar sintomas sugestivos, como excesso de sede, urina em demasia, fome aumentada e perda de peso em qualquer idade. Durante a gestação também é indicado o rastreamento entre 24 e 28 semanas da gravidez.
A endocrinologista reforça que o diabetes não tem cura. No entanto, o tipo 2 pode ser amenizado quando tratado corretamente, através de medicamentos orais ou injetáveis com recomendação médica, bem como com a realização de cirurgia metabólica, para controlar a síndrome metabólica.