As novas iniciativas ambientais da cooperativa já começaram a render alguns frutos. A parceria da Unimed Ponta Grossa com o Parque Vila Velha chamou a atenção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A preocupação socioambiental se potencializou mundialmente, especialmente devido às exigências impostas pelos consumidores, o que fez com que muitas empresas progredissem em termos de sustentabilidade. A pesquisa Environment Research, realizada pela Tetra Pak em 15 países, e publicada em 2020, indica que, mundialmente, mais de 80% da população acredita que as discussões relacionadas a meio ambiente aumentarão nos próximos cinco anos. No Brasil, 73% acreditam que a mudança de hábito se dá pensando nas futuras gerações e 2/3 dos consumidores optam, conscientemente, por evitar marcas devido às preocupações ambientais, número 26% maior se comparado aos últimos seis anos.

A partir deste movimento, o BNDES enxergou a oportunidade de unir necessidades e interesses tanto das unidades de conservação, quanto das comunidades, empresas e até mesmo do turismo, uma fonte de economia importante para o país.

“A gente percebe q as empresas estão cada vez mais antenadas à agenda socioambiental, aos aspectos ESG* e, diante disso, há um terreno fértil para esse tipo de parceria. Isso sob a ótica corporativa, a ótica de comportamento de consumo, de estilo de vida. O ser humano está cada vez mais desejando estar em contato com a natureza. O turismo nacional e regional vai ganhar um impulso nos próximos 3, 4 anos. O Brasil é maravilhoso e, de norte a sul existe oportunidade pra esse tipo de agenda”, explica Camila Carvalho Costa, chefe de Departamento para Concessões Socioambientais do BNDES.

Desde 2020, o Departamento de Fomento e Relacionamento com novos Clientes (DECORP) da instituição é responsável por levantar, entre empresas e instituições brasileiras que promovem a sustentabilidade, ações nas áreas ambiental, de atenção social e de governança corporativa, com o objetivo de entender como o BNDES pode apoiar ações ou firmar parcerias voltados à responsabilidade socioambiental.

O objetivo é atrair parceiros privados para que, dentro de um contrato de concessão, respeitando as prerrogativas de preservação e premissas socioambientais, eles consigam atuar na requalificação, melhoria de infraestrutura e atratividade dos parques, desonerando o poder público. O primeiro a contar com a concessão do o Parque Nacional de Foz do Iguaçu e, de lá pra cá, já foram estabelecidos contratos em unidades de conservação da Bahia, Pernambuco, Tocantins, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.

Case referência nacional

Atualmente, o projeto do BNDES conta com seis a 10 empresas operadoras dos parques, que recebem a concessão e atuam como gestoras, como é o caso da Soul Parques com o Parque Vila Velha.

Uma outra frente visa atrair empresas patrocinadoras, que atuem na ativação das respectivas marcas e as associe com as unidades de conservação. Nesse sentido, a Unimed Ponta Grossa se tornou um case nacional.

Ao ter conhecimento da estrutura do projeto da cooperativa com o Parque Vila Velha, por meio da internet, o BNDES procurou a Unimed Ponta Grossa para conhecê-lo melhor e utilizá-lo como referência na elaboração de editais de concessão para outras unidades de conservação nacionais do país.

“Empresas que buscam parques para ativar as marcas ainda é uma novidade no Brasil. A Unimed é um grande exemplo e funciona pra nós como um belo case de parceria, de ativação de marca, de ganha-ganha. Ganha a população, que pode contar com a melhoria de algo patrocinado pela Unimed; ganha o poder público, porque acaba não tendo q se preocupar com a gestão; ganha a empresa gestora, com a receita, e; ganha a marca patrocinadora, no saco a Unimed, que associa a marca a um equipamento natural, bem cuidado, veicula a marca diante de uma comunidade q usa seus próprios serviços, podendo contribuir com esta comunidade”, frisa Camila Costa.

Segundo Michele Cação Ribeiro, diretora de Mercado e Desenvolvimento da Unimed Ponta Grossa, a troca de experiência representa o pioneirismo da parceria firmada. “A visibilidade que este projeto nos proporciona faz jus à dimensão do tamanho e da força da marca Unimed não apenas no âmbito regional. A oportunidade de compartilhar nossa experiência e de servir de exemplo e benchmarking para o BNDES nos mostra que a decisão de embarcar nessa parceria foi acertada e reforça positivamente nossa imagem dentro do conceito de empresa ESG – uma empresa preocupada com o ambiente e a comunidade em que está inserida”.

Ambiental, social e governança

Nos últimos anos, notou-se um rápido avanço nos debates relacionados à tríade do cuidado: sociedade, meio ambiente e governança corporativa. A partir disso, originou-se à sigla ESG: Environmental, Social and Governance (ambiental, social e governança).

A sigla é utilizada para medir essas práticas de uma empresa. Pode ser utilizada para mostrar o quanto ela busca formas de reduzir impactos ambientais, manter melhores processos de administração e demonstrar práticas mais responsáveis com as pessoas no entorno.

da comunicação Unimed PG