Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024

Pediatra da Unimed PG explica quando febre em crianças pode ser preocupante

2022-01-31 às 14:55

Um dos principais sintomas das consultas pediátricas em atendimento ambulatoriais e de emergência é a febre em crianças, sendo uma das queixas frequentes e que ainda gera muitas dúvidas nos pais. Por isso, a Unimed Ponta Grossa separou uma lista com as principais dúvidas e dicas de pediatra do que deve ser feito.

1) Quando levar a criança para o hospital em casos de febre?

A febre é motivo de preocupação e alerta. ”Mas só devemos considerar febre quando a temperatura está acima de 37,8 C°. Tudo que é abaixo disso, acaba sendo estado subfebril ou febrícula e não devemos medicar, mas ficar atento e observar”, explica a pediatra Scheila Viégas.

“Conheçam os seus filhos” é a primeira orientação da especialista. É necessário observar se a criança apresenta algum incomodo ou se continua a rotina normalmente, brincando, comendo e sem outros sintomas. “Essa é sim uma criança que pode ser medicada em casa. Mas aconselho sempre que entre em contato com o pediatra de rotina para relatar o que está acontecendo. Mas quando é uma febre persistente, durando 48h sem melhora, é preciso levar para avaliação médica”, afirma.

Em casos de bebês com menos de um mês de vida, caso apresente febre, é necessário levar para avaliação médica. “Esse é um caso que não pode ficar em casa esperando”, orienta a médica.

2) O que não deve ser feito em casos de febre em crianças?

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou recentemente o documento “Manejo de febre aguda” para orientações e tratamento deste sintoma.  Não é recomendado o uso de métodos físicos para a diminuição da temperatura da criança, como:

  • Compressas com álcool ou outros tipos de compressa (podendo causar intoxicação)
  • Banho frio;
  • Banho quente

De acordo com a pediatra Scheila Viégas, esses métodos não devem ser utilizados pois geram um desconforto ainda maior na criança.

3) O que pode ser feito quando a criança estiver com febre?

Entre as orientações recomendadas pela pediatra, a primeira coisa que deve ser feita é hidratar muito a criança. “Oferecer água e também alimentos mais leves. Mas respeitar a aceitação da criança, pois eles reduzem a alimentação nesses momentos”.

Também é necessário evitar de agasalhar muito a criança quando está em estado febril e medicar apenas conforme indicação médica, respeitando os horários.

4) Febre alta indica caso grave?

De acordo com a pediatra, o nível de temperatura não indica se é um caso grave. “Não sabemos dizer se a febre alta é uma infecção grave ou se é apenas uma doença viral, benigna, autolimitada, mas que faz febre alta persistente sem nenhum outro sintoma.”, aponta. A especialista relata que pode acontecer da criança estar com 39 C°, mas sem ter outra consequência maior.

5) Temperatura alta indica risco de convulsão?

Nem sempre a temperatura alta indica um risco para convulsionar. “A convulsão febril tem muito mais relação com a rapidez que essa febre se instala e com alguma predisposição genética que essa criança tenha.”, enfatiza. A especialista ainda exemplifica que existem crianças que podem convulsionar com 37,5 C° e não com 39 C°.

   Dicas de pediatra para quem tem criança em casa

  • Tenha sempre um termômetro em casa;
  • Medique a criança apenas conforme prescrição médica, respeitando o intervalo da medicação;
  • Verifique com o pediatra qual vai ser o melhor antitérmico para a faixa o bebê e a faixa etária;

Antes de oferecer qualquer medicamento para a criança, consulte o seu pediatra de confiança.

da assessoria