Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024

Operário Ferroviário e Penitenciária Estadual de Ponta Grossa: Uma parceria que dura há quase 10 anos

2022-02-01 às 15:06
Foto: André Jonsson/OFEC

O Operário Ferroviário junto com a Penitenciária Estadual de Ponta Grossa possuem uma parceria desde 2013. O projeto chama-se “Não Pise na Bola” e foi firmado um convênio entre clube e o Estado, para empregar mão de obra de pessoas privadas de liberdade nas atividades diárias de limpeza, manutenção e conservação. Os presos são assalariados e recebem 3/4 de um salário mínimo, o 1/4 restante é depositado no fundo Penitenciário e é utilizado para melhorias nas Unidades Prisionais do Estado.

Os presos também recebem a remição de pena sendo que, a cada três dias trabalhados, subtrai um dia do cumprimento da sentença. A parceria já dura nove anos e muitos dos detentos que passaram pelo projeto foram efetivados pelo clube quando colocados em liberdade e muitos outros receberam qualificação profissional e aproveitaram outras oportunidades.

A parceria ajuda todos os envolvidos no processo, o clube que recebe a mão de obra, o detento que recebe qualificação, remição e salário para auxiliar sua família, o Estado que proporciona um tratamento penal de qualidade em com bons resultados em termos de reinserção social, também a sociedade que receberá os cidadãos com melhores condições de adaptação e consequentemente com menores índices de reincidência.

O diretor da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa – Unidade de Progressão, Bruno José Propst, comenta sobre a importância desta parceria. “O devido tratamento penal é importante para todos os envolvidos no processo incluindo a sociedade. Temos que ter a consciência de que os privados de liberdade retornam para a sociedade após o cumprimento de pena e, na maioria dos casos, essa progressão é rápida e temos que nos perguntar como queremos esses indivíduos de volta. A resposta é fácil e obviamente desejamos que retornem com melhores condições de readaptação, sem cometer novos crimes”, comenta Propst.

Além disso, o diretor complementa sobre o desenvolvimento de uma cultura laborativa dos detentos. “Este tipo de projeto é o ideal para termos esse resultado. Os presos que trabalham melhoram o seu comportamento, desenvolvem uma cultura laborativa, evoluem como pessoa e dificilmente cometem novos crimes”, explica.

O Coordenador de Operações e Patrimônio, Roberson Diego dos Santos, mais conhecido como “Robinho”, fala sobre o quanto é significativo para o clube e para quem faz parte deste projeto. “O Operário tem uma função muito importante na cidade em termos de oportunidade e inclusão, dando uma nova oportunidade de vida para aqueles que realmente desejam retornar à sociedade com uma vida honesta. Eu mesmo sou muito grato ao clube, pelas grandes coisas que já fez e pela ajuda que realizou em minha vida”, exalta Santos.

Robinho também detalha como este trabalho do Operário Ferroviário é essencial ao ressocializar os detentos. “Muitas dessas pessoas perderam a oportunidade de seguir em frente e hoje querem retomar uma vida nova. Cuidar da família, esposa e filhos. Então, o Operário tem um papel fundamental neste quesito. Aqui dentro, nós acabamos virando uma grande família, um ajuda e aconselha ao outro. Internamente, eu me sinto dentro de casa”, completa.

da Assessoria de Imprensa Operário Ferroviário