Em Maringá, no Norte Central do estado, um homem de 59 anos denunciado pelo Ministério Público do Paraná por duplo feminicídio foi sentenciado no Tribunal do Júri a 43 anos, seis meses e 20 dias de reclusão em regime fechado e mais dois anos de detenção por posse irregular de arma de fogo. Ele foi condenado pela morte da esposa e da enteada, mortas a tiros em 8 de novembro de 2020, durante celebração do aniversário de casamento dele com a mulher – os dois comemoravam nove anos de união.

Conforme relata a denúncia, em razão de um desentendimento menor ocorrido na festa, o réu pegou uma arma e atirou nas vítimas, que morreram no local. Depois, fugiu de carro, ameaçando ainda de morte todos os presentes ao sair. No julgamento, o MPPR sustentou a tese de duplo feminicídio, qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas (qualificadoras aceitas pelos jurados), além da posse irregular de duas armas de fogo.

Preso – Como reforça o Juízo na sentença, o denunciado “agiu com dolo e alto grau de reprovabilidade”, atirando em pessoas de seu convívio pessoal que estavam desarmadas e na presença de vários familiares. A mulher tinha 62 anos na época do crime e deixou três filhos e netos. A enteada, então com 39 anos, também tinha três filhos. O homem já se encontrava preso preventivamente e segue detido, agora formalmente cumprindo pena pelos crimes. Não foi concedido a ele o direito de recorrer em liberdade.

do MPPR