Em entrevista ao programa Manhã Total com João Barbiero, da Rádio Lagoa Dourada, na manhã desta sexta-feira (25), o veterinário Antônio Carlos Prestes Pereira, da Cliniponta, falou sobre a relação dos animais de estimação com os seus tutores.

O veterinário conta que a relação dos humanos com os pets mudou muito nos últimos cinco anos. “Hoje o pet acaba virando filho e os novos pets são plantas ou animais exóticos, como coelhos, pássaros, canários”, afirma. “Existe um termo que é a humanização dos animais, estamos passando nossas neuras para os animais. O animal é inteligente, mas ele não tem inteligência emocional para lidar com isso”, explica.

Antônio Carlos afirma que os cachorros, principalmente, sofrem com problemas psicológicos como a síndrome de angústia de separação, por exemplo, que ocorre quando o tutor sai de casa e o cão permanece na porta esperando, sem comer ou beber água. “O tratamento é com medicação, mas normalmente a gente trata o tutor também. Às vezes é o perfil do tutor, que tem ansiedade, estresse, acaba passando pro animal e ele não sabe como lidar com isso. É um tratamento longo, de 5 a 6 meses, envolve adestramento, mas principalmente a mudança do comportamento do tutor com o pet”, pontua.

Responsabilidade dos tutores

O veterinário Antônio Carlos também destaca que os tutores devem ter consciência sobre o espaço que possuem disponível e as raças de animais que pretendem adotar ou adquirir. “A posse ou guarda responsável tem como definição suprir as necessidades tanto emocionais como físicas dos animais. Muitas vezes você quer adquirir um animal e não vê o comportamento da raça, se tem pelo longo ou curto. De repente você tem um apartamento e compra um Golden, um cachorro agitado, e não vai dar certo”, afirma. A orientação é procurar um veterinário e buscar informações sobre qual animal poderá se adaptar melhor ao ambiente.

Confira a entrevista completa: