Domingo, 13 de Outubro de 2024

Presidente da Fundação de Saúde esclarece dúvidas sobre fechamento do Hospital Municipal de PG

2022-04-04 às 11:23

O presidente da Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa, Rodrigo Manjabosco, esclareceu dúvidas sobre o fechamento do Hospital Municipal Amadeu Puppi durante entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero na rádio Lagoa Dourada FM, nesta segunda-feira (4).

Manjabosco afirma que os pacientes do Hospital Municipal não poderiam ser realocados para atendimento na ala nova da unidade, por conta do sistema elétrico. “O sistema elétrico do hospital é conjunto, se desativa uma ala, desativa a instalação elétrica de todo o hospital. Não haveria segurança para os pacientes de que essa reforma não interferisse nos processos que são complexos dentro do hospital. Dentro da ala nova, é uma ala só de internamento clínico, lá não tem centro cirúrgico”, afirma. O presidente da FMS ainda destaca que, além da parte elétrica, as áreas hidráulica e de gases medicinais também serão reformadas.

Os pacientes que estavam internados no Hospital Municipal foram transferidos para hospitais em Castro, Campo Largo e Curitiba. “A central de leitos estará puxando todos os nossos pacientes para os hospitais conveniados com o Estado. Então a necessidade de manter esse funcionamento não havia. É melhor nós nos programarmos de forma adequada e fazer essa reforma acontecer de uma vez”, declara.

Segundo Dr. Rodrigo Manjabosco, esta reforma já teria sido comunicada ao Estado no início de 2021, porém não foi executada por conta da pandemia. “Sentimos um cenário difícil, onde todos os hospitais estavam com vagas ocupadas do Covid e não tinha como o Estados nos apoiar naquele momento”, afirma.

Cronograma da reforma

Sobre o cronograma da obra, Manjabosco esclarece que há três processos. “Primeiro é a realocação de pacientes em hospitais dentro da rede. Isso já encerrou na sexta-feira. Segundo processo é a realocação de servidores nas unidades de saúde e serviços da Fundação Municipal. Os servidores passarão a semana em treinamentos para irem para serviços do município. O terceiro é a realocação de equipamentos que estão dentro no hospital municipal. Eles serão revisados, desmontados, guardados e inventariados para que a gente possa fazer uso desses equipamentos”, explica.

Manjabosco declara que o Hospital Municipal será reaberto, porém ainda não há um prazo para que isso ocorra, pois somente quando todos s processos forem concluídos é que a equipe de engenharia irá fazer a verificação de todas as estruturas que precisam de adequações. “Lembrando que esse hospital tem 45 anos de idade que sofreu algumas reformas pontuais”, afirma. O orçamento prévio, sem considerar alterações na estrutura, é de R$ 12 milhões, de acordo com Manjabosco. “Nós vamos mexer na estrutura e analisar se o que nós temos no orçamento é compatível com o que está lá. Eu posso ter uma surpresa? Posso, tanto positivas quanto negativas, mas a gente tem que fazer isso dentro da realidade”, completa.

Confira a entrevista completa com Rodrigo Manjabosco: