Domingo, 29 de Junho de 2025

“O Brasil não está condenado a ter Lula ou Bolsonaro como presidentes”, afirma pré-candidato à presidência do Brasil, Pablo Marçal

2022-05-30 às 12:28

O pré-candidato à presidência do Brasil, Pablo Marçal (PROS), participou de entrevista exclusiva ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero na rádio Lagoa Dourada FM, nesta segunda-feira (30).

Marçal, 35 anos, é multiempreendedor em diversos ramos, nasceu em Goiânia e atualmente mora em São Paulo. Casado há 13 anos, pai de quatro filhos, afirma que a base de uma nação é a família. “Por ser a base da nação, o Estado tem que investir nas famílias, porque 92% das empresas são familiares. Então invista nas famílias que as empresas vão crescer. Não é por demagogia, é o que eu mais amo”, diz.

Sobre a escolha partidária, o pré-candidato conta que o PROS foi o partido que o acolheu. “Eu procurei mais de 20 partidos, são 33, como não fui levado a sério pela maioria, escolhi o PROS. Quando eu cheguei tinha três senadores e 11 deputados federais, o PROS abriu as portas, eu fiz o compromisso de ajudar o partido a crescer”, pontua. “A gente vai ser pragmático, somos um partido que vai produzir e focar no Brasil do futuro. Meu alvo é trazer gente nova pra política. A política tem que ser renovada o tempo inteiro, o PROS, no passado, foi tomado o ex-presidente do partido por causa de desvios de finalidade nos recursos que o PROS tinha, mas agora o partido é diferente e eu aposto nisso”, enfatiza.

Alternativa

Pablo Marçal ainda afirma que “acredita no Brasil” e que não é “nem de esquerda, nem de direita, minha ideologia é do alto”. Ele também destaca que não se considera como ‘salvador da pátria’. “60% das pessoas dizem em pesquisas eleitorais que não querem votar nem Lula e Bolsonaro, isso mostra que parece que o brasileiro é refém. Não sou salvador da pátria, mas sou um excepcional gestor, sei como fazer recurso render para o país, sei como faz para a mentalidade das pessoas crescer, sei que a gente precisa dar um passo de digitalização para a nação crescer e fazer com que as profissões do futuro sejam ensinadas”, pontua.

“Muita gente não me conhecer significa que o ônus é meu de me tornar conhecido e mostrar que o Brasil não está condenado a ter Lula ou Bolsonaro como presidentes, eles já mostraram do que são capazes, então agora eu tenho um campo gigantesco para colher. A gente perdeu uma década inteira com politicagem. “, completa.

Alianças

Sobre as alianças construídas pelo PROS, Marçal afirma que defende a liberdade de cada um escolher o apoio o que necessita para as próprias candidaturas, citando a companheira de partido, a pré-candidata ao Senado, Aline Sleutjes, que é aliada do governo Bolsonaro. “A política partidária não é verticalizada, cada estado tem a sua própria lógica, às vezes pode comprometer a candidatura de uma pessoa por conta de posicionamento nacional. Não quero colocar a Aline contra ninguém, mas o próprio Bolsonaro disse que apoia o Paulo Martins. Existe um conflito de interesses – não meu com a Aline, nem meu com o partido – mas da Aline com o Bolsonaro. O que tenho a dizer é que cheguei por último, estou conquistando as pessoas. Espero que a Aline vença para o Senado, mesmo com qualquer tipo de declaração que venha a ter, que eu ainda não vi da parte dela, ela tem o meu apoio, cheguei por último estou aqui para servir o partido”, declara.

Polêmica

Pablo Marçal comenta assuntos polêmicos envolvendo a legalização do aborto e o porte de armas. “Se você perguntar em relação a aborto, por exemplo, aborto pra mim é assassinato de vida inocente. Se perguntar sobre arma, se a pessoa quer ter, que ela tenha qualificação para isso e que ela tenha, se ela não quer, deixa com a polícia. Artigo 144 da Constituição Federal fala que é um dever do Estado nos proteger, um direito e responsabilidade de todos. O Estado não dá conta de te proteger, mas se você quiser continuar amparado nisso, fique sem”, afirma.

Reforma eleitoral

Ele ainda cita que a maior reforma que precisa ser feita no Brasil é a eleitoral. “Precisamos discutir nos próximos 10 anos uma nova constituinte porque ela está inflacionada, inchada e todo mundo tem uma percepção que o STF está querendo governar, e não está. O STF é uma casa que guarda a Constituição Federal, só que 11 pessoas decidindo o rumo da nação em relação à defesa da CF, com uma constituição de 400 páginas, isso é um problema alucinante. A gente não pode ter uma constituição gigantesca desse tamanho. Não precisamos só de uma reforma política, a gente precisa de uma nova constituinte. Não estou prometendo nos próximos quatro anos, mas precisamos pensar na próxima década”, conclui.

Confira a entrevista completa com o pré-candidato à presidência do Brasil, Pablo Marçal: