Quinta-feira, 15 de Maio de 2025

Saúde e Política: Dr. Ricardo Zanetti propõe “ação coordenada” de representantes políticos em prol da Saúde de PG e região

2022-06-01 às 12:24
Foto: Eduardo Vaz

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 e 90,9), nesta quarta-feira (1º), o diretor técnico do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, Dr. Ricardo Zanetti falou sobre a situação da Saúde em Ponta Grossa e região.

Zanetti reflete que existem quantitativos de investimentos que são determinados previamente para cada município, porém “existem avanços, progressões que dependem sim de atividade política”. “A nossa região tem uma representatividade política razoável, seja a nível estadual ou federal. Meu questionamento é: por que os outros [municípios] conseguem e a gente não? Por que a gente luta, prova que a gente precisa e não vem para nós? Isso não é só na Saúde. Politicamente, todo mundo vai ganhar se em determinado momento, independente das divergências e incompatibilidades de coexistência, possam somar forças”, defende.

Ele ainda propõe uma “ação coordenada” de representantes políticos para o avanço, principalmente, da área da Saúde. “Em determinados assuntos temos que deixar nossas diferenças políticas de lado e brigar efetivamente pela região de forma coordenada. Porque Maringá consegue? A organização dos dados e a maneira como eles exercem pressão política sobre as decisões de para onde vai o dinheiro, é que vai determinar a ida do dinheiro para um lugar ou para outro”, finaliza.

Desestruturação

O médico afirma que existe uma desestruturação no sistema de saúde. “A gente vive um problema de organização de saúde pública, mas que vem sendo fortemente pensado e o Hospital Universitário realmente é protagonista nesta discussão de soluções possíveis para essa situação”, diz.

Ele destaca que o Hospital Universitário convive com a dificuldade de vagas para pacientes. “Trabalhamos sempre com mais de 100% de ocupação. Somos parte de uma rede e aí a gente se coloca como um hospital de grande complexidade, ligado a uma rede estadual de vagas e depedendo da complexidade, até uma rede nacional de vagas. Esta rede é que precisa de uma estruturação melhor, na qual o hospital é o ponto final, tem todo o resto que a gente precisa organizar”, pontua.

Confira a entrevista na íntegra: