Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e Eduardo Vaz na Rádio Lagoa Dourada FM (105.9 e 90.9), nesta segunda-feira (20), o empresário do setor de eventos, Adilson Simões, relembrou histórias de bastidores sobre shows em Ponta Grossa.
Com 35 anos de experiência no ramo, Adilson conta que iniciou acompanhando seu pai, que era diretor social do Clube Homens do Trabalho, em eventos, mas que viu o trabalho ser profissionalizado a partir de um show da dupla Chrystian e Ralf. “Antigamente os artistas faziam uma tour nas rádios para divulgar o trabalho e o Chrystian e Ralf, que tinham recém lançado a dupla deles, foram até a Difusora. Divulgaram o trabalho, era aniversário da Rádio e eles acertaram um show. Eu fiquei encarregado de ver o palco e o som, na logística do show. Depois do evento eu dei o pagamento para a dupla, eles separaram 10% e deram para mim, dizendo que eu tinha trabalhado e era justo. Levei o dinheiro para o dono da rádio e ele disse para eu pegar. Aí eu comecei a me ligar. Veio outro artista, e eu acabava fazendo a produção local para eles”, relembra.
Adilson também esteve nos bastidores da 1ª München Fest de Ponta Grossa, que teve público de mais de 151 mil pessoas. “O prefeito Wosgrau me chamou porque ele queria fazer uma festa alemã igual a October Fest. Eu falei que era uma excelente ideia, mas eu disse que Ponta Grossa não tinha tantos alemães. Mas aí surgiu a ideia trazer um show nacional por dia e deu super certo, superou todas as expectativas, quase todo dia tinha que fechar a portaria porque não cabia o pessoal. Aí juntou a parte artística com a tradição alemã”, afirma.
O empresário ainda relembra situações inusitadas que já viveu durante os eventos. “Teve um artista que não queria subir no palco porque tinha esquecido o cinto da calça, eu emprestei o meu e depois ele foi embora com o cinto. Outra situação é que todos os artistas saíam do palco e iam até o camarote, e isso era previamente combinado. Com determinada artista estava tudo combinado e depois do show ela não queria ir até os camarotes. Diz a lenda que fecharam a escada para ela não sair, aí ela teve que visitar os camarotes de um por um”, conta. “Quando a Xuxa veio para Ponta Grossa, a assessora dela queria ver os acessos para o banheiro. Estava tudo limpo, mas era muito simples. Ela disse: ‘Simões, eu preciso de 10 penicos’. E eu perguntei o que ela iria fazer com tudo aquilo. Ela me respondeu: ‘Preciso dos dez penicos para as paquitas, porque elas não vão usar esse banheiro’. E lá foi a minha produção correr atrás para comprar os penicos”, conclui.
Para saber mais histórias sobre os bastidores de shows na cidade, acesse a entrevista completa: