O Museu Campos Gerais da Universidade Estadual de Ponta Grossa (MCG) recebeu, na última quinta-feira (23), visita de migrantes e refugiados que buscam no Brasil uma nova morada e uma chance de recomeço. A ação aconteceu por intermédio da Cáritas Diocesana de Ponta Grossa, que integrou a 35ª a Semana dos Migrantes e Refugiados. Na ocasião, os visitantes puderam conhecer a exposição Memórias Entrelaçadas do Museu.
O salão do Museu se encheu de histórias e sotaques de países como Peru, Venezuela, Haiti, Bangladesh e Espanha. Andresa trabalhava em um centro cultural na Venezuela. O filho é violinista e, no Peru, cursou Fotografia, quando conheceu sua companheira. Ambos ficaram admirados com os acervos fotográficos do Museu Campos Gerais e estavam curiosos para saber mais sobre fotografia.
Denise ficou fascinada com a biblioteca de Wilson Martins em exposição. A migrante venezuelana diz que o gosto pela literatura foi uma porta de entrada para ela aprender português. Mãe de duas meninas, a mais velha apaixonada por Direito e a mais nova pela pintura, ela diz que o desejo das filhas é poder fazer o que amam em Ponta Grossa. Ivan é formado em Gastronomia. Ele veio da Venezuela e achou a visita ao MCG muito interessante. “Lugares como o museu abrangem o conhecimento sobre a história da região e rompem com as imagens estereotipadas sobre o Brasil”, diz.
Os visitantes foram recepcionados no MCG pela diretoria e equipe do museu. O diretor Niltonci Chaves conduziu o grupo pelas exposições após apresentar as principais ações desenvolvidas de interação institucional e cultural com a sociedade. “A diversidade que essas histórias de vidas migrantes representam enriquece a narrativa de qualquer museu público. Demos uma escala continental e global para nossas Memórias Entrelaçadas graças a esse diálogo e a essa oportunidade”, pontua.
A visita foi acompanhada pela assistente social da Cáritas Diocesana, Erica Francine e pela assessora da Secretaria Municipal de Cultura de Ponta Grossa, Mariana Lacerda.
da UEPG