O prefeito em exercício de Ponta Grossa, Daniel Milla exonerou os funcionários que ocupavam cargos comissionados no gabinete do vice-prefeito Capitão Saulo, que está em licença por 60 dias para tratar de “interesses particulares inadiáveis”. A informação consta no Diário Oficial do Município publicado nesta segunda-feira (8).
Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e Eduardo Vaz, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta terça-feira (9), Milla destaca que esta decisão foi inteiramente dele como gestor. “Subo as escadas e passo todos os dias em frente ao gabinete do vice-prefeito e em momento algum eu vi a porta aberta com pessoas trabalhando. Então eu não irei responder, possivelmente, uma ação por cargos fantasmas, que não estão trabalhando, que não estão ocupados por ninguém”, afirma.
O prefeito em exercício afirma que estes funcionários deveriam ter “responsabilidade ética e moral” e continuar trabalhando mesmo neste período de licença do vice-prefeito. “Eu sou uma pessoa que defende o cargo comissionado, nunca me escondi atrás de demagogia falando que o cargo tem que ser mandado embora, mas as pessoas que estão comigo trabalham e eu cobro trabalho. Se essas pessoas que estão lá e em dois, três dias não tiveram a hombridade de cumprir pelo menos a carga horária, não sou eu que ficarei respondendo”, acrescenta.
Ao ser questionado se novas exonerações devem ocorrer nos próximos dias da gestão, Milla é categórico. “Como gestor, nesse momento, tenho uma linha rigorosa: ou trabalha ou está exonerado”, declara. Ele afirma que caso tiver conhecimento de funcionários com cargos comissionados que não estejam cumprindo suas funções de trabalho, irá exonerá-los. “A minha gestão são os 18 dias e eu vou trabalhar de uma forma muito rígida, rigorosa e transparente. É uma decisão minha, unilateral e eu não retorno dessa decisão, independente de quais são as opiniões, favoráveis ou contrárias”, finaliza.
Aproximação da Prefeitura com a comunidade
Durante os dias à frente da Prefeitura de Ponta Grossa, Daniel Milla argumenta que irá promover ações para aproximar o Poder Executivo da comunidade. “As pessoas esperam uma transformação da realidade, acham que dentro desses 18 dias haverá projetos, investimentos. O que estou fazendo dentro desses 18 dias: ações de curto prazo, ou seja, ações que impactam diretamente na vida da população para melhor”, diz.
“São ações policiais na parte de Segurança Pública, na parte da Saúde a visita nas unidades, nas UPAs, fazendo ações imediatas que possam beneficiar a população de uma maneira mais rápida e a questão de empregos”, destaca. Outra ação de aproximação ocorreu no último final de semana, quando Milla acompanhou o trabalho da Guarda Civil Municipal das 20h às 4h.
Hospital Municipal
O prefeito em exercício também contou que, nos próximos dias, irá visitar o Hospital Municipal, que está fechado desde março deste ano. “Todos sabem que não existe a possibilidade de abertura do hospital dentro desses dias que eu estou como prefeito. Mas nós não deixaremos de fazer uma análise de todas essas situações para posteriormente, quando a prefeita retornar, dar todas essas opiniões com mais propriedade”. diz.
Terminal da Santa Paula
Antiga promessa de Daniel Milla para a região do bairro Santa Paula é o terminal de transporte coletivo. Ele afirma que a obra não saiu do papel por uma “questão política”. “O terminal da Santa Paula não saiu porque abriram uma CPI do transporte coletivo e os vereadores na época que abriram a CPI derrubaram o terminal de transporte coletivo, nós deixamos claro isso durante todos os trabalhos, é mais por uma questão política a CPI do que administrativa”, declara.
Outro projeto defendido para a região é o binário das ruas Nicolau Klüppel Neto e Sebastião Nascimento. “Santa Paula hoje recebeu um investimento de uma empresa que está construindo diversos apartamentos na entrada do bairro, todos esses veículos vão passar pela rotatória, não existe espaço físico o suficiente. Eu sempre cobrei essa questão do planejamento do município, que se faça um binário para facilitar o trânsito de veículos e pessoas, existe a necessidade de desapropriação em uma área privada e ali seria feito o terminal de transporte coletivo, uma coisa depende da outra, por isso é muito burocrático e difícil de ser realizado”, pontua.