Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e Eduardo Vaz, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta terça (16), as empresárias Elis Cristiane (Ademicon), Bianca Camargo (arquiteta de interiores) e Monica Quadros (Joka Transportes) conversaram sobre o Business Networking International (BNI), maior grupo de networking dos Campos Gerais.
Desde que o trio assumiu a liderança do grupo, como presidente, vice-presidente e secretária-tesoureira, o BNI Rocket, experimentou um salto significativo em crescimento, tornando-se o 3º mais performático do Paraná e o 4º do Brasil. Trata-se do primeiro trio de liderança exclusivamente feminino do BNI em todo o Brasil.
“Quando entramos, estávamos em 13º. Colocamos metas, começamos a fazer alguns eventos diferentes, a focar mais nos negócios e, agora, pulamos do 13º para o 3º”, aponta Bianca.
“Nossos números são bem expressivos aqui do BNI de Ponta Grossa. Nossa maior ONF (Obrigado por Negócio Fechado) do Brasil é nosso, é do BNI Rocket de Ponta Grossa”, ressalta Monica.
Desde que o BNI veio para Ponta Grossa, há três anos, o grupo já fechou R$ 66 milhões em negócios. “Tivemos a pandemia logo no início, que acabou reduzindo o valor dos negócios, mas agora que voltou para o presencial, todo mês, batemos a meta de negócio fechado na segunda semana. Está sendo um retorno muito bom para todos os empresários. O grupo está crescendo muito”, expõe Bianca.
Segundo Elis, a gestão troca a cada seis meses e a atual termina no fim de setembro. “Como é um trabalho voluntário para ser do trio de liderança, acaba sendo muito cansativo”, complementa.
“Mulher na liderança faz muita diferença, não só numa equipe como essa, mas nas empresas. Veja, por exemplo, a empresa que eu represento, que é a Ademicon, temos como CEO uma mulher fantástica”, enaltece Elis.
BNI
O BNI – Business Networking International – é uma franquia internacional, que iniciou nos EUA e hoje está presente em 79 países.
Pode participar das reuniões semanais qualquer empresário com vontade, disponibilidade e desejo de ajudar outros empresários, que queira crescer e tenha tempo, porque o BNI precisa de muita dedicação, de acordo com o trio de líderes.
Hoje, 68 empresários compõem a equipe Rocket, com diferentes perfis. Desde o mais estabelecido ao que está começando a empreender. “Temos negócios fechados acima de R$ 1 milhão e de R$ 1,5 mil”, frisa Elis.
Por ser uma franquia, o BNI obedece a uma metodologia a ser seguida. Setenta e nove países adotam o mesmo formato de reunião, regras e dinâmicas, que possuem marcas registradas. O objetivo do grupo é fortalecer as empresas e gerar negócios.
“O negócio é uma consequência daquilo que você vai gerar. São 67 empresários que, hoje, falam do meu negócio para outras pessoas”, observa.
“Minha história é bem interessante no BNI. Precisa ter dinheiro para fazer negócio ou precisa estar bem? Entramos no BNI em processo de falência. Ouvimos falar desse grupo de empresários e o que mais me chamou a atenção foi a filosofia de Givers Gain – contribuir para ganhar. Falei ‘nossa, que interessante’. Arriscamos, confiamos e entramos no grupo. Temos várias ferramentas para que o processo aconteça. Em menos de um mês, conseguimos fechar o primeiro negócio, na casa dos milhões, e conseguiu se recolocar no mercado, muito bem, nossa primeira multinacional. Daí em diante, fomos fazendo muitos negócios dentro do grupo”, afirma Monica.
Apoio, incentivo mútuo e divulgação
“Existe uma Monica antes do BNI e outra agora, muito dedicada, comprometida e ousada, que nasceu dentro do BNI. Foi muito apoio de pessoas que tinham mais experiência que eu, do tipo ‘vai lá, você consegue, faz assim, faz daquele jeito, eu te ajudo, você vai conseguir’. Fui galgando e crescendo cada vez mais. Entramos no BNI com 10 funcionários, que tínhamos já há algum tempo e hoje já batemos os 100 funcionários, dentro do grupo, através de referências qualificadas e ajuda dos outros membros”, salienta Monica.
Bianca conta que entrou para o BNI logo após uma campanha eleitoral. “Já tinha experiência, já tinha tido empresa e trabalhado bastante dando aula. Enfim, tinha tido essa experiência no governo, mas precisava montar alguma coisa que fosse minha, uma empresa, tinha essa necessidade. Entrei no BNI logo que meu escritório começou a tomar forma. Para mim, isso foi muito importante, porque no BNI todos somos iguais”, diz.
Conforme Bianca, não há diferença, dentro do grupo, entre as cifras geradas pelos negócios dos empresários, nem pelas décadas que o empreendimento está consolidado. Todos acabam no mesmo patamar. “Tenho a Monica aqui do lado, que fecha negócios milionários”, exemplifica.
O primeiro passo para ingressar do BNI é fazer contato com alguém que integra o grupo e pode ser de qualquer ramo empresarial ou de serviço. Porém, há a necessidade de exclusividade por segmento. “Dentro do nosso grupo, temos cadeiras definidas e não tem concorrência dentro do grupo”, justifica Bianca.
A principal função do BNI é criar uma rede de referências, em que cada membro vai sempre indicar empresas e profissionais que fazem parte daquele grupo.
Custos
Cada membro contribui com uma anuidade de R$ 4,1 mil. “Toda semana, temos uma taxa de café, que é o aluguel da sala, o coffee-break, a impressão das folhas”, detalha Bianca.
“Dividindo, por mês, dá uns R$ 400 e pouco, que é como se você pagasse um marketing”, compara Monica.
Confira a íntegra da entrevista: