Se um terremoto ocorrer em um futuro não muito distante e os sobreviventes ficarem presos sob toneladas de escombros, os primeiros socorristas a localizá-los podem ser baratas ciborgues. Uma pesquisa realizada por cientistas japoneses demonstraram a capacidade de colocar ‘mochilas’ de células fotovoltaicas e eletrônicos nos insetos e controlar seus movimentos remotamente.

Uma película flexível de células solares, com espessura que equivale a cerca de 1/25 de um fio de cabelo, pode ser instalada no abdômen do inseto. Essa película permite que a barata se mova livremente, enquanto a célula fotovoltaica gera energia suficiente para o processamento e envio dos sinais direcionais para órgãos sensoriais da parte de trás do inseto.

As pesquisas escolheram baratas sibilantes de Madagascar para os experimentos, já que são grandes o suficiente para transportarem o equipamento e não têm asas que atrapalham. Porém, a pesquisa ainda tem um longo caminho a percorrer. O próximo desafio é miniaturizar os componentes para que os insetos possam se mover com mais facilidade e permitir a montagem de sensores e até câmeras.

Além do resgate por meio de insetos, são previstas amplas aplicações para a película de células solares, composta por camadas microscópicas de plástico, prata e ouro. O material pode ser embutido em roupas ou adesivos de pele para uso no monitoramento de sinais vitais, por exemplo.

com informações da Agência Brasil