por Enrique Bayer
Osires Nadal, um dos mais destacados radialistas esportivos ponta-grossenses, já está no Catar, no Oriente Médio, onde cobrirá a sua 12ª Copa do Mundo. Nadal cobriu a sua primeira Copa em 1970, e, desde 1982, acompanhou “in loco” todas as edições do maior torneio do futebol mundial.
O profissional começou a sua viagem ontem, dia 16 de novembro, e volta ao Brasil a partir de 20 de dezembro. No Catar, o radialista produzirá boletins para a Rede Pampa e a Rádio Tupanci, de Pelotas (RS), além, é claro, da Rádio Lagoa Dourada FM, de Ponta Grossa. Durante a sua estadia no país, ele se hospedará no hotel La Villa, reservado para jornalistas.
Lágrimas nos olhos
A história de Nadal com o futebol não está restrita às Copas. Desde criança, o radialista narrava em casa os jogos do Operário Ferroviário Esporte Clube (OFEC). Pelas curvas da vida, ele começou a atividade nas rádios ponta-grossenses com apenas 12 anos.
Com todo o respeito conquistado, Nadal tem acesso a figuras importantes do principal esporte nacional. As falas registradas nesta matéria, por exemplo, foram feitas em uma entrevista por telefone enquanto Osires entrevistava, de forma exclusiva, o técnico Tite, da Seleção Brasileira.
O respeito conquistado vale muito, mas a emoção das Copas, para ele, é inigualável. Para o radialista, todas as Copas são eletrizantes e emocionantes. “O momento no jogo em que você ouve o Hino Nacional cantado por milhares de torcedores em outros países, isso dá lágrimas nos olhos”, revela.
Histórias e predileções
Como alguém que acompanhou quase todas as Copas, Nadal tem as suas predileções em relação ao escrete canarinho. “O time de 1970 é inesquecível. Não só pela conquista, mas também pelo futebol apresentado. Era um time que tinha tudo. Mas também não dá para esquecer o time de 2002, com destaque para a surpresa que foi o Kléberson”, avalia.
E, claro, com tantas participações em Copas, as histórias são muitas. Uma delas é bastante curiosa. “Em 1982, uma senhora ligou para a Rádio Clube, onde eu trabalhava, e pediu para falar comigo. Era a dona Cotinha, de 82 anos. Ela tinha preparado uma garrafada de remédio caseiro para o Zico, que estava sofrendo com lesões. Eu fui e consegui falar com o Zico. O Zico aceitou o remédio e acabou jogando a Copa”, relata.
Parada difícil
Quanto à seleção que disputará a Copa deste ano, Nadal acredita que o Brasil estará entre os quatro semifinalistas, mas a “parada será difícil”. “Não dá para cravar a final, porque os jogadores que irão para a Copa chegarão provavelmente cansados. É uma parada difícil. O calendário é ruim para a seleção brasileira”, prevê.
