A farmacêutica Juliana Ribeiro, da Eficácia Brasil, falou a respeito do “detox integrativo”, durante o programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), desta segunda (28).
As tensões do dia a dia, numa rotina em que tudo parece urgente, as falhas da tecnologia, a situação econômica, a cobrança profissional, afetiva, familiar, o trânsito, as divergências políticas: tudo isso concorre para acentuar as crises de estresse. Mas como lidar com tudo isso e manter a calma sem apelar para medicação?
Nessa reflexão sobre o custo da vida, dra. Juliana pondera que o preço dela é calculado pelo que deixamos de fazer – que nos proporcionaria prazer – enquanto ocupamos nosso tempo com o que fazemos hoje. “Se o que você faz hoje não estiver valendo a pena e te fazendo feliz, a sua vida vale muito pouco, porque você poderia estar ocupando esse mesmo tempo com algo que te fizesse mais feliz”, afirma.
“O detox é olhar para si – como eu posso me autoajudar e não viver sob estresse, uma pressão psicológica a ponto de adoecer meu corpo físico? Primeiramente, é isso que o detox faz: olhar, em todos os níveis do seu corpo, seja o aspecto psicológico, mental, emocional, como você reage a situações e, também, no seu corpo físico, que pode estar contaminado”, comenta.
Juliana recomenda que cada um procure dedicar pelo menos 10 minutos de seu dia a uma atividade que dê prazer. “Porque isso é uma válvula de escape. O medicamento serve para mascarar uma situação, mas não para resolver algo do seu dia a dia. O medicamento não muda seu estilo de vida, quem vai mudar seu estilo de vida é você”, frisa.
“A coisa mais triste é quando eu recebo no consultório farmacêutico pessoas, clientes, pacientes com mais de 70 anos que falam ‘eu nunca fiz nada que eu gostasse, para mim. Só cuidei do outro e não tive prazer em cuidar do outro’. Você pode ter prazer em cuidar de outra pessoa. Mas só você sabe o ponto da dor, do prazer, da alegria ou da tristeza, do que você gosta ou não”, pontua.
Ela aconselha que cada um adote os “escapes positivos” – que pode ser uma leitura, ouvir uma música, fazer uma dança de salão, ver uma série, passear ao ar livre, entre outras atividades prazerosas e estimulantes, como a meditação. “Existem nas redes sociais plataformas diversas e gratuitas de meditações guiadas. A meditação harmoniza a frequência do seu corpo”, diz.
Há quem recorra a outras válvulas de escape, que são nocivas para nossa saúde, como o álcool e as drogas ilícitas. “E a droga lícita, que são os medicamentos, pensando em válvulas de escape”, acrescenta.
Confira a entrevista com a dra. Juliana Ribeiro na íntegra: