A Santa Casa de Misericórdia, de Ponta Grossa, comemora 110 anos de fundação, nesta quinta (8). Para celebrar esse marco, o hospital lança a campanha “Juntos Pela Vida”, que sorteará uma moto Honda Bros; um trator John Deere, no valor de R$ 180 mil e vários outros prêmios.
O programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba) desta quinta (8) recebeu a gerente de desenvolvimento institucional da Santa Casa, Marcela Mendes; o conselheiro consultivo e ex-provedor Otto Cunha e Dolair Amelia de Lada, funcionária da Santa Casa há 35 anos.
Os 110 anos da Santa Casa serão comemorados na noite desta quinta (8), às 19h30, com participação da Banda Marcial do Colégio Sagrada Família. Para a cantata, haverá uma junção entre os corais da APADEVI, UEPG e Vozes de Francisco, sob a regência do professor Renato. “Teremos, também, o cantor Flavio Fanucchi, que vai ter, acompanhando ele, um coro de crianças que passaram pela UTI Neonatal”, destaca a gerente de desenvolvimento institucional.
Juntos Pela Vida
“A Santa Casa está de aniversário e ganhou um presente especial da MacPonta Agro, um trator da John Deere. Com a cantata, faremos o lançamento da Campanha ‘Juntos Pela Vida’. É uma campanha mais voltada a todos os nossos colegas do agro”, explica Marcela.
A campanha Juntos Pela Vida se estende até o dia 27 de maio de 2023. Todos os meses, serão sorteados diversos prêmios e, em abril, será sorteada uma moto Honda Bros e, em maio, o trator, no valor de R$ 180 mil.
Todos podem participar da campanha, porém, ela é mais voltada ao setor agrário porque vários desses prêmios mensais são direcionados a esse público, inclusive o trator.
Na campanha, estão sendo vendidos 2 mil cupons, ao custo de R$ 1 mil cada. Pessoas físicas e empresários de outros setores também podem participar da campanha, com a opção de trocar o trator pelo valor correspondente em dinheiro.
Evolução da Santa Casa
Marcela acredita que a principal mudança que houve na gerência da instituição, nos últimos anos, foi o fato de a Santa Casa se abrir mais para a comunidade. “Envolver a comunidade, porque o hospital é da comunidade, que precisa saber sobre o impacto e a importância que o hospital tem na região”, salienta.
A Santa Casa é referência em atendimentos de alta complexidade, nas áreas de neurocirurgia, cardiologia, nefrologia, oncologia, gestação de alto risco, urgência e emergência e cirurgia geral e abrange uma região de 27 municípios do entorno de Ponta Grossa, o que soma um universo de cerca de 1 milhão de habitantes. Nos últimos cinco anos, aumentou em 84% o número de consultas do SUS; em 40%, o número de cirurgias oncológicas e em 38% o número de internamentos pelos SUS.
“Precisamos vocacionar nosso hospital, porque já temos dificuldades de leito para nossos pacientes oncológicos e da neurologia”, cita. Marcela aponta que a Santa Casa possui a UTI Neonatal como retaguarda para o atendimento de gestações de alto risco, mas que não é um hospital pediátrico e, sim, voltado ao atendimento de adultos.
O hospital conta com equipamento de ponta para exames de imagem e nos centros cirúrgicos, com a aquisição recente de novo tomógrafo, aparelho de hemodinâmica e ressonância magnética. “Graças às verbas [emendas] parlamentares, destinadas por deputados e senadores para a área da Saúde, conseguimos hoje manter o parque de máquinas atualizado e temos equipamentos como o de neurocirurgia, com uma precisão fantástica, no valor de R$ 3,3 milhões que, até onde sabemos, só tem em três hospitais do Paraná”, enfatiza a gerente de desenvolvimento institucional.
Conforme Marcela, a Santa Casa de Misericórdia é o único hospital de Ponta Grossa a oferecer exame de cápsula endoscópica. Para os exames de endoscopia e colonoscopia convencionais, a câmera possui um limite de alcance dentro do corpo do paciente. No exame de cápsula endoscópica, o paciente ingere a cápsula, que possui uma câmera, e coloca uma cinta que vai fotografando toda a passagem da cápsula pelo sistema digestivo. “Faz um diagnóstico incrível, não é um exame invasivo. Muitas pessoas têm problemas de sangramento, que não conseguem verificar qual a causa e, com a cápsula endoscópica, conseguem”, explica.
O conselheiro consultivo da Provedoria da Santa Casa, Otto Cunha, ex-provedor, participa da administração do hospital há muitos anos e observa que o recurso sempre para a manutenção da entidade sempre foi muito escasso. “Tem que haver um trabalho muito dedicado para manter a Santa Casa. O SUS há 20 anos não corrige [a tabela]. Um neurologista, a consulta é R$ 10”, comenta.
35 anos de casa
Dos 110 anos da Santa Casa, a funcionária Dolair Amelia Lada acompanhou quase um terço da história. Há 35 anos ela atua junto ao Serviço de Arquivo Médico (SAME), como responsável pelos prontuários. “Trabalho com toda a documentação dos pacientes, quando ele recebe alta, vai para a fatura, organiza tudo e, após estar tudo pago, eles mandam para o SAME”, diz.
Nos arquivos cuidados por Dolair, consta o prontuário da primeira internação ocorrida na Santa Casa, em fevereiro de 1913. “Tenho esses livros, que, às vezes, precisamos para alguma pesquisa. Até 1998 eram usados esses livros. Em 1996, começamos a implantar o sistema [informatizado] e fomos até 2005. Em março de 2005, iniciamos outro sistema, onde mantemos todo o prontuário”, descreve.
“A Santa Casa procura, no seu dia a dia, inovar para o melhor atendimento do nosso paciente. Vemos que, no decorrer desses anos, a Santa Casa cresceu muito, em todos os sentidos, em todas as áreas. Com toda essa inovação em equipamentos, queremos o melhor para nosso paciente”, destaca Dolair.
Confira a entrevista na íntegra:
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