Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2025

D’P Agro: Sindicato Rural de Ponta Grossa – Representação em todos os níveis

2023-01-09 às 15:59
Foto: Reprodução

Com mais de meio século de existência, o Sindicato Rural de Ponta Grossa atua em prol dos interesses dos produtores locais e destaca a importância do agronegócio para a população

por Melissa Eichelbaun

O Sindicato Rural de Ponta Grossa surgiu com o nome de Sindicato dos Empregadores Rurais do Município de Ponta Grossa e foi o primeiro a ser fundado no Paraná. A data oficial de abertura da entidade é o dia 28 de fevereiro de 1964. Com 58 anos de existência, os membros do sindicato lutam pela representatividade dos interesses do agronegócio a nível municipal, estadual e federal.

Ponta Grossa é uma das cidades mais importantes no setor da agricultura no Paraná. Entre as principais culturas da cidade e região, estão a soja, o feijão e o milho, entre outros grãos. O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) na cidade foi de R$ 1,24 bilhão em 2021. A soja representa 57% de toda a produção, rendendo R$ 707 milhões, com uma produção de 273 mil toneladas em aproximadamente 70 mil hectares. A criação local de gado, aves e suínos também representa uma importante fatia do agronegócio paranaense. Por conta disso, Ponta Grossa se tornou referência estadual – e até nacional – com produções vultuosas, que são vendidas em todo o país e exportadas.

O presidente do sindicato, Gustavo Ribas Netto, destaca que a missão da entidade é reforçar a importância do setor para toda a população. “Todas as pessoas devem conhecer e entender a importância do agronegócio para a movimentação do país. O sindicato tem um trabalho de representatividade nesse segmento para que consigamos avançar cada vez mais em benefícios e produções na agricultura”, afirma.

Ribas Netto acrescenta que o sindicato também cobra medidas do poder público em relação às estradas e à segurança na área rural. “Estamos sempre acompanhando e cobrando melhorias e adequações das estradas rurais, para que os produtores possam transportar as safras de maneira adequada. Além disso, a segurança na área rural também é de grande preocupação, já que os agricultores ficam mais vulneráveis por estarem afastados dos locais de movimento”, exemplifica.

Mais benefícios

Ao se associar, o produtor passa a desfrutar de diversos benefícios, como descontos em várias empresas da cidade, acesso aos cursos de capacitação oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e auxílio em serviços burocráticos que demandam tempo e conhecimento especializado.

Dentro da parceria com o Senar, o produtor pode realizar diversos cursos de capacitação, que profissionalizam e impulsionam o seu trabalho como agricultor. O associado tem acesso a uma plataforma com diferentes temas e aulas que têm relação com o agronegócio e que podem ajudá-lo a crescer ainda mais no segmento.

Na opinião de Ribas Netto, o maior benefício, no entanto, é a representatividade de que o associado pode desfrutar enquanto membro da entidade. “Nós estamos aqui para buscar as melhores soluções para as questões que aparecem na agricultura. Somos intermediários de todos os assuntos que competem ao nosso setor”, aponta.

Bate-papo que só faz bem

Jussara Bittencourt, produtora rural e tesoureira da entidade, observa que possuir uma propriedade e trabalhar no segmento do agronegócio atualmente é como “andar sobre o arame, mas de tamancos”. “Tudo tem que estar em dia. Desde o plantio, a dieta nutricional do rebanho, os pagamentos da folha salarial, então, nem se fala”, relata a produtora, que faz parte do sindicato há mais de 15 anos e cujo pai, João Maria da Cruz, foi um dos fundadores da entidade.

A tesoureira ressalta ainda que uma das principais preocupações dos produtores é com relação às obrigações fiscais, assunto em que podem contar com apoio e assessoria da entidade. “É preciso estar com os impostos, certificados e cadastros em dia. São algumas das nossas responsabilidades. Sem esquecer que a produção leiteira é de escoamento diário, enquanto a safra agrícola é escoada sazonalmente, exigindo cuidados intensivos. Aí entra o sindicato, um espaço onde nos reunimos e comparamos o preço do leite, da arroba do boi, do saco de milho, feijão, soja, trigo e cevada. É um universo de bate-papo que só faz bem”, ilustra.

Mais representatividade

Para 2023, Ribas Netto prevê um sindicato ainda mais atuante em prol dos interesses dos produtores. “Vamos reforçar a participação dos nossos representantes em assuntos do agronegócio a nível municipal, estadual e federal. Queremos mostrar ainda mais para a população a importância da agricultura para a produção de alimentos no país, para a circulação de riquezas, além da geração de empregos”, detalha.

Como se associar

Para os agricultores que desejam se associar, é preciso preencher uma ficha na entidade, que será avaliada pela diretoria com o objetivo de verificar se o produtor atende os pré-requisitos para se integrar ao grupo. A entidade está localizada na rua Cel. Theodoro Rosas, 1384, no Centro de Ponta Grossa. O telefone para contato é (42) 3222-4945. Para mais informações, acesse www.sindruralpg.com.br.

Agronegócio é fundamental para o país

No segundo trimestre deste ano, mais de 19 milhões de pessoas estavam empregadas no agronegócio brasileiro, conforme pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (USP). O setor é um dos mais importantes para a circulação de dinheiro e movimenta cerca de 100 bilhões de dólares anualmente.

Segundo pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil é um dos principais exportadores de proteína animal, cana de açúcar, soja, café, frutas e cereais. De acordo com o estudo, as safras brasileiras alimentam cerca de 800 milhões de pessoas em todo o mundo (aproximadamente 10% da população global).

Já em números estaduais, o Paraná é o terceiro maior exportador do país, atrás apenas de Mato Grosso e São Paulo. A carne de frango e a soja em grãos são as principais “commodities” exportadas pelo estado, correspondendo a mais de 40% de todas as exportações realizadas pelo Paraná no primeiro semestre de 2022.

Os especialistas apontam que as produções paranaenses são essenciais para garantir a segurança alimentar do país. Além disso, os agricultores têm crescido no número de vendas nas exportações, já que os grãos e carnes produzidas no estado têm alta qualidade e todas as certificações necessárias.

Conteúdo publicado originalmente na Revista D’Ponta #293 Novembro/Dezembro de 2022.