Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e José Amilton, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta-feira (10), a médica e especialista em Ginecologia Regenerativa, Dra. Adriana Lopes, argumentou que o empoderamento feminino é essencial para que as mulheres entendam qual o seu papel na sociedade e, principalmente, para que se conheçam.

“Esse empoderamento está relacionado, sim, a tudo aquilo que você possa fazer para melhorar a sua qualidade de vida. E para melhorar a auto-estima”, aponta. Ela reflete que, no caso de mulheres com obesidade em um grau mais severo, por exemplo, pode ter dificuldades para realizar determinadas atividades do seu dia a dia. “E quando você se olha no espelho, para você se empoderar, olhando uma imagem que você não está satisfeita é muito mais difícil. Aí temos todas as outras consequências que vem depois, onde mexe principalmente na questão hormonal, você tem oscilação de humor, de sono, de metabolismo e consequentemente fica difícil de ter alegria, entender que pode ser empoderada”, destaca.

Dra. Adriana Lopes pontua que ainda vivemos em uma sociedade bastante preconceituosa e que tabus precisam ser vencidos. “A sociedade determina que a mulher precisa ser magra para ser feliz, o que não é fato. Temos toda a questão médica e nutricional por trás disso, mas o maior preconceito vem das mulheres para as mulheres”, acrescenta.

Importância do sexo nos relacionamentos

“A sexualidade do casal é muito importante para manutenção e saúde do relacionamento”, declara Dra. Adriana. Para ela, os relacionamentos que não alimentam isso, acabam deixando que o parceiro se torne apenas um amigo. “Lógico que é fundamental o seu parceiro ser, talvez, o seu melhor amigo, mas ele não pode ser só isso. Ele tem que ser o seu parceiro, companheiro, a pessoa que lhe dá segurança em algum momento da sua vida. Esse companheirismo de parceria é alimentado através da sexualidade também”, aponta.

Para aquelas mulheres que estejam passando por isso, a médica tranquiliza. “Eu falo para as minhas clientes, se você está com uma pessoa e está disposto a permanecer casado com essa pessoa então vamos resgatar. No início existiu e por algum motivo se perdeu”, diz.

“Um relacionamento é construído a dois, quando a questão sexual vai morrendo, ela inicia por uma rotina, por falta de investimento, por outras prioridades, tanto do homem quanto da mulher. O que a gente percebe hoje é que a mulher com esse empoderamento, as mulheres estão sexualmente mais ativas, mais exigentes, a mulher que fazia de conta, que fazia porque era uma obrigação da sociedade, hoje a mulher é ativa e exige um desempenho melhor do parceiro”, completa.