Domingo, 15 de Dezembro de 2024

“Não é só a cultivar que vai puxar o potencial produtivo para cima, mas é o conjunto com todas as outras ferramentas de manejo disponíveis”, afirma engenheiro agrônomo em live do Sindicato Rural

2023-02-24 às 10:02
Engenheiro agrônomo, Danilo Guimarães e Gustavo Ribas, presidente do Sindicato Rural de PG. Foto: Reprodução

live do Quinta com Café, promovida pelo Sindicato Rural de Ponta Grossa, na noite desta quinta-feira (23), teve a presença do engenheiro agrônomo Danilo Guimarães. O tema da discussão foi o cenário de novas cultivares e eventos de biotecnologia para cultura da soja. Transmitidas pelo YouTube, às quintas-feiras, às 18h, as lives são apresentadas pelo presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto.

O engenheiro afirma que hoje existe uma ampla gama de cultivares. “Para se ter uma ideia, a gente tem quase mil cultivares de soja registradas no Brasil”, segundo o engenheiro, contabilizando desde as cultivares mais antigas, que estão descontinuadas. “Ano a ano as empresas de sementes buscam desenvolver e trazer para o mercado novos produtos, com novas biotecnologias, de forma a poder melhorar a rentabilidade e a condição do produtor, tanto econômica, quanto a socioambiental”, observa Danilo.

Neste sentido, o setor está em um momento de transição da biotecnologia para a cultura da soja. “Estamos quase no final de exploração da tecnologia IPRO e já por problemas de resistência à plantas daninhas e a quebra da efetividade do controle de lagartos está havendo uma migração para novas ferramentas”, pontua. A tecnologia que entra neste cenário é a Intacta 2 XTEND. “O custo dessa nova plataforma de biotecnologia está muito próximo do que a IPRO custa. Sem falar que a IPRO já perdeu a eficiência do controle pelo tempo que está no mercado, mas o custo é muito semelhante”, garante Guimarães.

Pensando nos próximos 10 anos, o engenheiro agrônomo declara que o setor prevê um incremento de mais de 20% de potencial produtivo em média de área, tanto pelo potencial genético das cultivares, como por todo investimento ao pacote fitotécnico, em questão de perfil de solo, investimento em nutrição, parte hormonal que ainda podemos desenvolver muito, a preservação desse potencial produtivo através do manejo de doenças com novas moléculas, aplicar na hora correta”, aponta.

Ele ainda conclui. “Não é só a cultivar que vai puxar o potencial produtivo para cima, mas é o conjunto com todas as outras ferramentas de manejo que a gente tem hoje disponíveis, temos pessoas pesquisando, empresas públicas, instituições de pesquisa, empresas privadas, multinacionais, de forma a ultrapassar os limites de produtividade, e oferecer para o produtor, para o nosso cliente final, cada vez mais soluções que ele pode ter a melhor experiência possível e possa agregar para a vida dele”, completa.

Confira a live completa: