A Justiça de Goiás condenou o padre Ricardo Campos Parreiras a 9 anos de prisão em regime fechado por estuprar um jovem em Nova Crixás, no norte de Goiás. No entanto, de acordo com a sentença, ele está solto e pode recorrer em liberdade até o trânsito em julgado do processo, quando não há mais possibilidade de recurso.
O processo corre em segredo de Justiça. A juíza Marianna de Queiroz Gomes disse na decisão que o padre se aproveitou do cargo para ganhar a confiança da vítima, um jovem de 24 anos. A sentença foi dada em 2 de fevereiro deste ano, mas divulgada apenas nesta semana.
O padre Ricardo Campos foi preso em julho de 2021 em razão do estupro, mas foi solto depois por meio de um habeas corpus. A sentença diz que, atualmente, ele se encontra solto e pode recorrer em liberdade.
O estudante de 23 anos que fez a denúncia ao Ministério Público do Rio de Janeiro, onde mora, contou que o estupro aconteceu em fevereiro de 2017, na Casa Paroquial. O processo, então, foi encaminhado para a Comarca de Nova Crixás. À época, com 18 anos, ele viajou com o avô para ajudar em um trabalho missionário em Nova Crixás e conheceu o padre. Segundo o jovem, ele ficou hospedado na casa do pároco por cerca de cinco dias. O estupro teria ocorrido na última noite em que dormiu no local.