Em entrevista exclusiva ao programa Ponto de Vista, apresentado por João Barbiero na Rede T de rádios do Paraná, na manhã deste sábado (11), o deputado federal Aliel Machado (PV-PR) falou sobre como avalia o início da terceira gestão do Presidente Lula.
“Nós tivemos uma divisão do país muito grande, um modelo de eleição que, infelizmente, pauta hoje os debates que são as fake news. Isso causou muito medo nas pessoas – que as igrejas iriam fechar, que os direitos das pessoas seriam sucumbidos, que a democracia iria sofrer, dentre tantas coisas que foram ditas”, inicia. “O que a gente precisa é estabilidade. A gente não pode ter alguém que queira governar no caos, na confusão, na mentira, na guerra, no conflito. A gente precisa entender que quando termina uma eleição tem que se governar para todos”, ressalta. “Aí eu faço uma referência à experiência muito grande do Presidente Lula. Uma pessoa respeitada internacionalmente e que novamente abriu as portas para que o Brasil pudesse ter esse diálogo, tanto interna quanto externamente”, considera.
Aliel destaca os resultados que já podem ser vistos desde o início da nova gestão. “O Presidente Lula disse que a prioridade era colocar o pobre no orçamento. Fazer isso significa voltar as obras de infraestrutura, como ‘Minha Casa Minha Vida’ que retornou. Significa colocar novamente o salário mínimo como uma prioridade – nós tivemos nos últimos anos a proibição da valorização do salário mínimo acima do índice inflacionário. Nós tivemos o aumento nas estruturas financeiras para as obras que o Brasil precisa e tem urgência, como as rodovias do estado do Paraná, por exemplo. Essa semana o ministro Haddad anunciou o retorno de R$ 26 bilhões aos cofres dos estados pelo prejuízo que o ICMS trouxe, que o Governo anterior, na ânsia de fazer o debate e ter convencimento das pessoas, ao invés de resolver o problema econômico que está beneficiando, ainda, poucas pessoas que são privilegiadas no Brasil, ele tirou dinheiro do caixa dos estados – dinheiro usado para manter a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, escolas estaduais, serviços essenciais”, pontua.
“A análise que eu faço é muito positiva”, diz. “São menos de três meses de trabalho, com conflito, depois do dia 08 [de janeiro] com a baderna e bagunça que fizeram em Brasília. Eu estava lá”, diz. “Com um país dividido, com medo. Eu acho que a oposição é importante, as críticas são importantes, todos cometem erros e acertos. Quando existe o erro por dolo tem que ter punição. Agora, nós não podemos viver em uma inquisição e no discurso fácil daqueles que atacam a política como se ela fosse separada da sociedade. A política é uma parte da sociedade, o que acontece nela tem a ver com a sociedade”, reforça.
Aliel ressalta a transparência de informação e cita o caso das joias recebidas pelo então Presidente Bolsonaro. “O modelo de transparência voltou, o acesso à informação, os questionamentos que a sociedade faz. Isso é muito importante. É lógico que você não vai descobrir nada errado se você esconder as coisas”, analisa. “Nós estamos olhando aí o caso das joias. Olha que importante ter um servidor público com autonomia, que não seja perseguido, que não troquem ele ou o chefe de lugar, não punam ele porque não está fazendo as vontades do rei”, considera. “Você tem uma refinaria entregue aqui no país a preço de banana, justamente para o grupo que vem presentear pessoalmente uma autoridade com joias, que não é um presentinho”, diz. “O Brasil tem lei sobre isso!”, finaliza sobre o tema.
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