Mensalmente, a Abrasel mede diversos índices do setor gastronômico, entre eles se as empresas estão trabalhando no prejuízo, se conseguiram reajustar o valor dos itens do cardápio com base na inflação e como está o endividamento.
Ponta Grossa, pela primeira vez, atingiu o número mínimo de empresas participantes para ter recorte na pesquisa nacional que aconteceu entre os dias 16 e 27 de fevereiro. “Fizemos um verdadeiro mutirão com nossos associados e empresários para conseguirmos esse recorte e saber a saúde da nossa gastronomia”, pontua o presidente da Abrasel Campos Gerais, Urubatan Sena.
Segundo a pesquisa, quase um quarto das empresas registraram prejuízo em janeiro, outros 29% trabalharam com estabilidade e 47% dos estabelecimentos tiveram lucro.
A pesquisa também mostrou que 33% dos empresários não conseguiram reajustar os preços baseados na inflação de 5,77% em 2022 e outros 33% só conseguiram ajustar com valores menores que o índice oficial. “Sabemos que precisamos corrigir nossos cardápios, mas é como um beco sem saída, pois podemos equilibrar o caixa, mas afastar os clientes, é uma situação delicada”, ressalta o presidente da Abrasel Campos Gerais.
Com essa dificuldade do setor as dívidas estão se acumulando e muitos empreendedores buscam alternativas, como empréstimos para manter os negócios. Segundo o recorte da cidade, 59% dos empresários do setor têm hoje dinheiro adquirido com os bancos e do total há 11% com inadimplência.
Mesmo em um cenário negativo, o setor contratou mais: 19% das empresas aumentaram o quadro de funcionários em janeiro, na comparação com dezembro. Do outro lado, 11% dos empresários dizem ter realizado demissões.
da assessoria / foto: ilustrativa