A Organização Não Governamental Doutores Palhaços – SOS Alegria completa 15 anos de atuação em 2023. Com um saldo positivo de muitos sorrisos no histórico, a ONG está em processo de seleção de novos voluntários.

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta terça-feira (21), um dos fundadores da organização, Bruno Madalozo Santos, comentou que, ao todo, foram 67 inscrições recebidas para o processo, que irá selecionar 40 voluntários em definitivo.

“De 2 em 2 anos sempre abrimos para seleção, porém em 2021 a gente não conseguiu e nem fazia sentido abrir uma seleção no meio de uma pandemia. Quando chegou 2022 muitos dos nossos voluntários foram afetados pela pandemia, na questão de trabalho, estudos, por conta disso, a gente acabou ficando com um buraco grande em relação ao número de voluntários, o que está sendo sanado agora, a gente está com a seleção de voluntários. O limite máximo que temos para passar para a próxima fase é de 40 pessoas, por isso é uma seleção. Tem algumas pessoas que têm mais perfil, outras é questão de tempo, não tem uma receita de bolo”, pontua Bruno.

Madalozo afirma que o objetivo das visitas nos hospitais “não é aparecer, é para que mais pessoas tenham acesso à cultura dentro do hospital. A visita é terapêutica, mas a nossa intenção é levar a arte para o hospital, um lugar que não tem esse viés”, defende.

Após a seleção, a ONG realiza treinamentos com os voluntários. “Dentro desse treinamento está trabalhando com as emoções para conseguir reproduzi-las. Quando faz isso dentro da oficina, está trabalhando com as suas dores num lugar controlado. Durante as visitas, se eu deixar metade de mim em um quarto do hospital, vou estar pela metade nos outros quartos também”, observa.

Trabalho voluntário e respeito

Para Bruno, todo voluntário precisa ter um respeito com o profissional com o qual vai trabalhar. “Existe um palhaço que é profissional e ganha dinheiro para ser palhaço, ele sobrevive assim, existe um artista que é profissional e sobrevive sendo artista, fazendo teatro, filmes. Caso você vá fazer o trabalho de algum profissional voluntariamente, você tem que ter o maior respeito para chegar ao mais próximo possível de se profissionalizar”, diz.

Confira a entrevista completa: