Após ter presidido a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) até o ano passado, o deputado federal Aliel Machado (PV) volta a assumir a presidência de uma Comissão Permanente na Câmara dos Deputados. O parlamentar ponta-grossense foi eleito nesta quarta-feira, 22, presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa (Cidoso). A Comissão é composta por 22 membros titulares. Ele substitui o deputado Denis Bezerra (PSB-CE).

Após ser eleito, o parlamentar disse que a comissão tem grande importância, não apenas para a população idosa, mas para todos os brasileiros. Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a população idosa no Brasil é de mais de 30 milhões de pessoas, o que representa cerca de 15% da população do país. Ainda de acordo com o levantamento, o contingente de idosos residentes no Brasil aumentou 39,8% em menos de 10 anos.

“É um grande desafio assumir mais uma Comissão Permanente na Casa. Realizamos um importante trabalho na CCTCI e agora fomos escolhidos com muita alegria para defender os direitos da Pessoa Idosa. Nossa população com mais de 60 anos tem aumentado, no entanto os direitos não tem acompanhado esse crescimento. Há muitas lutas para serem enfrentadas, desde a Saúde, a Previdência, a qualidade de vida, entre outras. Vamos propor diálogos, debates e ser uma voz dessa parcela importante da população brasileira”, defendeu Aliel.

JOÃO BARBIERO

Durante seu discurso de posse, o deputado ressaltou o trabalho de João Barbiero enquanto secretário de Assistência Social de Ponta Grossa, entre os anos de 1997 e 2000. “Quando uma pessoa assume um posto e tem essa atenção especial [à terceira idade] você consegue dar um atendimento mais digno. Eu faço exemplo do João Barbiero, que foi secretário de Assistência Social no município de Ponta Grossa e quando secretário virou uma referência na defesa da pessoa idosa, estabeleceu programas e a qualidade de vida daquela pessoas melhorou muito”, disse.

Machado reafirma que o trabalho e exemplo deixados pelo ex-secretário devem ser levados para todo o país. “São exemplos como esse que nós temos que trazer para o Brasil e cobrar de todas as áreas do Governo de maneira independente, de maneira harmoniosa, de maneira onde seja feito uma aliança em torno dessas ideias, mas nunca abrindo mão do nosso papel legislativo que é de cobrar, de fiscalizar, de exigir que, na luta orçamentária e por espaços, não se deixe de pensar naqueles que” muitas vezes não têm forças”, pontua. “Aqueles que muitas vezes não são vistos como prioridades porque podem não render dividendos eleitorais”, finaliza.

Assista.

A COMISSÃO

A Cidoso foi responsável pela criação, em 2017, do Prêmio Zilda Arns. O Prêmio homenageia a médica que atuou em causas humanitárias e sanitaristas. Conselheira no Conselho Nacional de Saúde, Zilda Arns trabalhou também no Ministério da Saúde.

Aliel está em seu terceiro mandato como Deputado Federal e já foi presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados. Agora, à frente da Cidoso, se compromete em “lutar por melhores políticas públicas que estabeleçam prioridades para uma população que precisa de um cuidado especial, seja na área saúde, da segurança, assistência social. Quando você tem falhas na saúde ou uma crise econômica, os idosos são afetados de uma maneira muito mais grave”, destacou.

O parlamentar disse ainda que “o país precisa resolver problemas crônicos, que ainda persistem dentro do SUS. Vamos analisar os projetos de lei apresentados, vamos buscar o diálogo com todos os Ministérios, para poder avançar e trazer resultados para essa população que tanto fez pela nossa sociedade”.

Durante a sessão, colegas de Comissão parabenizaram o deputado pela eleição. “É uma grande alegria dividir com vossa excelência mais uma comissão. Nós que já estivemos juntos na Ciência e Tecnologia e tem equilíbrio para lidar com as questões. Queremos que o Governo esteja presente para dizer quais serão seus planos frente a uma população que a cada ano cresce, mas infelizmente de uma forma desigual. Exemplo disso é o acesso aos medicamentos e o acesso à digitalização, em que há de se criar programas ou  algum tipo qualificação para aprimorar o acesso digital da população idosa. Eles são constantemente vítimas de ataques de hackers, destacou o deputado David Soares (União SP).

da redação com assessoria