Novo secretário estadual de Comunicação, Cleber Mata acredita que a imprensa serve como bússola para orientar a atuação dos governantes e planeja uma gestão marcada pela transparência e pela proximidade com a mídia e o público.
Por Michelle de Geus
Com a missão de coordenar a divulgação das atividades do Governo do Paraná e tornar o relacionamento entre o poder público e a imprensa ainda mais transparente, o jornalista Cleber Mata assumiu este ano o comando da Secretaria de Estado da Comunicação (SECOM). Formado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas (SP), Mata é especialista em marketing político pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e mestrando em Comunicação Pública pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Em sua trajetória, ele acumulou grande experiência em gestão pública e campanhas políticas. Antes de assumir o comando da pasta no Paraná, Mata foi secretário de Comunicação do Estado de São Paulo na gestão João Doria e assessorou seis ex-governadores paulistas. O secretário acredita que a imprensa livre é um “radar da sociedade” e um instrumento poderoso para orientar a atuação dos governantes. Por isso, ele defende que essa relação deve sempre se basear na ética, no diálogo e no respeito. Ele afirma ainda que tem como objetivo fazer uma gestão ainda mais próxima dos empresários do setor e da população em geral, mostrando para o Brasil a beleza e a força do Paraná.
Você tem uma longa trajetória como secretário de Comunicação e coordenador de campanhas políticas no estado de São Paulo. O que pretende trazer para o Paraná de sua experiência em São Paulo?
Eu comecei a minha vida profissional na comunicação pública em 2006, no estado de São Paulo, lá no governo Cláudio Lembo. Depois trabalhei por quatro anos com o então governador José Serra e fui assessor de imprensa durante outros quatro anos do governador Geraldo Alckmin. Além disso, fui secretário-executivo de Comunicação do governador Alckmin por mais quatro anos. Então, no total, foram oito anos trabalhando com ele. Saí do governo em 2017 e no ano seguinte fui convidado para fazer parte da campanha do então candidato João Doria. Ele ganhou a eleição e me convidou para ser secretário e continuar trabalhando com ele. Nos últimos quatro anos, portanto, eu atuei como secretário de Comunicação do Governo de São Paulo, uma casa onde eu permaneci por 16 anos no total.
O que lhe motivou a aceitar o convite do governador Ratinho Júnior para assumir a Secretaria de Comunicação?
O que me motivou a aceitar o convite do governador Ratinho Júnior, em primeiro lugar, foi o diagnóstico de que o Paraná e os paranaenses – ou seja, o governo dele com a ajuda da população – fizeram a lição de casa. É um estado que avançou muito economicamente nos últimos quatro anos e mesmo assim é um estado ambientalmente sustentável. Em outras palavras, aqui você concilia desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental. Além disso, é um estado belo e rico em todos os aspectos: na sua beleza cultural, na sua beleza gastronômica e, sobretudo, na sua beleza natural voltada ao turismo. Então, o que me motivou a aceitar o convite é poder trabalhar para um governador jovem e dinâmico, uma pessoa muito humilde e que ama o seu estado. O nosso desafio é melhorar aquilo já é bom e aperfeiçoar a performance da comunicação, ficando ainda mais próximo dos empresários do setor e do público.
Na sua visão, quais são as principais funções de uma Secretaria de Comunicação no que se refere à relação do governo com os órgãos de imprensa e a população em geral?
Eu costumo dizer que a imprensa livre é um radar da sociedade. É um instrumento poderoso para orientar os governantes. Eu não tenho dúvida de que essa relação transparente com a imprensa do Paraná vai nos ajudar a conduzir o governo Ratinho Júnior para mais quatro anos de pleno êxito.
Como deve ser, na sua opinião, a atuação de uma secretaria de Comunicação diante de eventuais crises ou escândalos dentro de um governo?
A Secretaria de Comunicação deve agir sempre com transparência, ouvindo as críticas da imprensa e fazendo um contraponto quando julgar necessário, mas sempre respeitando e defendendo o diálogo na sua essência. Essa é a chave para uma comunicação de sucesso.
Que mudanças ou estratégias você pretende implementar na comunicação do Governo do Estado nos próximos quatro anos?
Eu tenho pouco a falar sobre mudanças. Encontrei aqui a secretaria funcionando de modo harmonioso, através de profissionais competentes e dedicados. Por isso, tenho o maior respeito pelo meu antecessor, João Evaristo Debiasi. Porém, reconheço que sempre é possível melhorar. Eu quero estar ainda mais próximo da população, quero percorrer diversas regiões do estado ouvindo as principais demandas, e já comecei visitando Cascavel, Ponta Grossa, Londrina, Umuarama e Morretes. Quero fazer um “roadshow” pelo interior do Paraná, até porque eu acredito que quem ouve mais, erra menos. O lema da minha gestão é estar ainda mais próximo dos empresários de comunicação, e talvez essa seja uma das mudanças.
Ao final de sua gestão, como você pretende entregar a Secretaria da Comunicação? Que marca, enfim, gostaria de deixar durante a sua passagem pela pasta?
Eu quero apresentar ao Brasil um estado que tem um povo trabalhador e ordeiro. Se a Amazônia é o pulmão do mundo, eu posso dizer que o Paraná é a cozinha do mundo. Daqui sai a maior quantidade de frangos produzidos no Brasil, tilápia, milho e soja. Em resumo, eu quero deixar a marca de que o Paraná é um estado que produz, que concilia meio ambiente com desenvolvimento sustentável.