A população brasileira está ficando cada vez mais idosa, morando cada vez mais sozinha e de aluguel. Essas são algumas conclusões da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com a pesquisa, a população de pessoas abaixo de 30 anos de idade caiu para 43,3% em 2022. Em 2012, essa estimativa era de 49,9%. Já a população de 30 anos ou mais de idade cresceu, atingindo 56,7% em 2022 contra 50,1% em 2012.
Entre 2012 e 2022, destaca-se também a queda da participação das pessoas de 10 a 13 anos (de 6,7% para 5,4%) e de 14 a 17 anos de idade (de 7,1% para 5,6%).
Em 2022, a parcela de pessoas idosas (com 60 anos ou mais de idade) representava 15,1% da população, frente à estimativa de 11,3% em 2012.
15,9% dos domicílios do país tinham apenas um morador em 2022
Em 2022, cerca de 15,9% das unidades domésticas do país tinham apenas um morador e essa participação cresceu 3,7 pontos percentuais frente a 2012 (12,2%). Entre as pessoas que moravam sozinhas, 45,9% tinham entre 30 e 59 anos e 41,8% eram idosos (60 anos ou mais).
“Além do aumento dos domicílios unipessoais, há um detalhe importante: enquanto 55,9% dos homens que moravam sozinhos em 2022 tinham entre 30 e 59 anos, a maior parte (57,5%) das mulheres morando sozinhas tinha 60 anos ou mais”, destaca Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa.
Em 2022, o arranjo domiciliar mais frequente no país, encontrado em 66,3% dos domicílios, era o nuclear (casal com ou sem filhos, inclusive adotivos, enteados ou de criação). São também nucleares as unidades domésticas monoparentais (com somente um dos país morando com os filhos). Predominante em toda a série, a participação dos arranjos nucleares vem se reduzindo desde 2012, quando era encontrado em 68,3% dos domicílios do país.
As demais formas de arranjo domiciliar eram a unidade estendida (pessoa responsável pelo domicílio com pelo menos um parente) com participação de 16,5% em 2022, e as unidades domésticas compostas (pessoa responsável, com ou sem parentes e pelo menos uma pessoa sem parentesco), representavam 1,4% do total de domicílios ocupados.
Cerca de 63,8% dos domicílios do país eram próprios e quitados
Entre os 74,1 milhões de domicílios particulares permanentes do Brasil, 47,3 milhões (63,8%) eram próprios já pagos. O predomínio do imóvel quitado, entretanto, vem caindo constantemente desde 2016, quando o percentual era de 66,7%. Em contrapartida, nesse período, vem aumentando o percentual de domicílios alugados, que saiu de 18,5% em 2016 e alcançou 21,1% em 2022 – ou 15,7 milhões. Os cedidos eram 8,8% (6,6 milhões) e aqueles em outra condição, por exemplo, os casos de invasão, totalizavam 0,2% (174 mil).
No recorte regional, Norte (72,7%) e Nordeste (71%) tinham estimativas de domicílios próprios já pagos maiores que a média nacional. Por outro lado, as residências alugadas tinham proporção maior nas regiões Centro-Oeste (27,8%), Sudeste (23,4%) e Sul (20,9%).
Entre 2016 e 2022, o Centro-Oeste teve a maior retração na proporção de domicílios próprios já pagos (de 59,6% para 51,5%), ao mesmo tempo em que aumentava a proporção de domicílios alugados (de 24,5% para 27,8%).
Os maiores percentuais de domicílios alugados foram observados no Distrito Federal (35,6%), Goiás (27,3%), Mato Grosso (25,3%) e São Paulo (25,3%), enquanto Piauí (10,3%), Maranhão (11,5%), Amapá (12,5%) e Pará (12,8%) tinham as menores proporções.
com informações do IBGE