Nesta quarta-feira (21), a deputada federal Gleisi Hoffmann voltou a criticar a alta taxa de juros aplicada pelo Banco Central e destacou a atuação da Frente Parlamentar do Combate aos Juros Altos, frentes sindicais e movimentos populares que buscam uma resolução para o problema. “Acho que essa Frente cumpre um papel muito importante de trazer o debate à essa Casa. Só o fato de ela existir já mostra que tem um número considerável de parlamentares que pensam como nós”, destacou.
Ela relembra que no último dia 16 foi dado início à Jornada Nacional Contra os Juros Altos, movimento que promove ações até o dia 2 de julho para que o Banco Central reduza a taxa. “Essa Jornada que nós fizemos com atos de rua, manifestações em frente às agências do Banco Central, lançamento da Frente Parlamentar, os comitês populares, para fazer exatamente isso: uma conversa com a população para a gente não aceitar. Não tem uma decisão técnica do Banco Central. Aliás, nenhuma decisão é técnica em economia, até porque não é uma ciência exata. É uma decisão política do Banco Central de manter uma taxa de juros apesar da inflação estar caindo, do dólar estar caindo e termos melhoras nos indicadores. A quem interessa isso?”, questiona a parlamentar.
Gleisi, porém, destaca que o Governo Federal tem trabalhado para reverter o cenário. “O governo do presidente Lula tem feito um esforço muito grande nesses seis primeiros meses para melhorar isso. A mudança da política de preços da Petrobras tem sido essencial para a nossa economia e para melhorar esses indicadores. O reajuste do salário mínimo também é para aumentar a renda do povo brasileiro. O reajuste da tabela do imposto de renda, o Bolsa Família com mais recursos, mas isso não basta. Se você tiver crédito caro, você não consegue avançar. A indústria, o comércio e o povo brasileiro não aguentam mais as taxas abusivas”, pontua.
A deputada reforça que a participação popular é necessária, exercendo pressão sobre Banco Central, Câmara dos Deputados e Senado Federal. “Para nós é muito importante que isso seja dito à população, que se unam a nós nessa luta e que realmente olhem o Banco Central como definidor político da taxa de juros atualmente. Campos Neto foi indicado por Bolsonaro e por Paulo Guedes, e continua fazendo a política extremamente neoliberal, sem se preocupar com os resultados que isso tem na vida das pessoas. É muito importante que a gente siga nessa luta”, finaliza