Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024

Paraná enviará 37 propostas de políticas públicas à conferência nacional sobre crianças e adolescentes

2023-06-22 às 18:04
Foto: SEDEF

Mais de 500 pessoas participaram da XI Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizada em Foz do Iguaçu e encerrada nesta quinta-feira (22). Durante três dias, foram discutidos temas relacionados aos efeitos psicológicos, sociais, comportamentais e econômicos da pandemia da Covid-19 em crianças e adolescentes, e os desafios de possíveis soluções. Os participantes elaboraram 37 propostas e ideias de políticas públicas que podem auxiliar a vida das crianças e adolescentes do Paraná e que serão levadas à Conferência Nacional, em novembro deste ano. As propostas e ideias debatidas na etapa estadual foram oriundas das conferências municipais.

Foram eleitos também os representantes da delegação do Paraná, na Conferência Nacional. Serão 39 representantes da sociedade civil organizada e governamentais e 13 crianças e adolescentes. Liah Vitoria Alves de Oliveira, 10 anos, delegada eleita para a Nacional, avaliou que foi um momento muito marcante para a vida. “Eu achei muito legal poder participar de uma coisa que é de adulto. O que eu levo no meu coração foi uma frase que me falaram aqui, que eu não deixe ninguém definir o meu caminho. E eu estou ansiosa para a conferência nacional, porque quero falar que os adultos olhem mais para nós, que ouçam as crianças e adolescentes”, disse ela.

Em palestras, mesas redondas e grupos de trabalho, os participantes discutiram questões como a promoção e garantia dos direitos humanos de crianças e adolescentes no contexto pandêmico e pós pandemia; enfrentamento das violações e vulnerabilidades resultantes da pandemia da Covid 19; ampliação e consolidação da participação de crianças e adolescentes nos espaços de discussão e deliberação de políticas públicas de promoção, proteção e defesa dos seus direitos, durante e pós-pandemia. Também foi abordada a garantia de recursos para as políticas públicas voltadas para as crianças e adolescentes durante e pós- pandemia da Covid-19.

A XI Conferência marca a retomada da discussão dos temas da área, já que os eventos ficaram impedidos de acontecer no período pandêmico. “É fundamental discutirmos temas que impactam diretamente na vida das crianças e adolescentes. A pandemia deixou marcas e estamos aqui para ouvi-los, para atender as suas demandas. A conferência foi um belo evento que, tenho certeza, ficará marcado na vida de cada um”, destacou o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.

Segundo o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente (Cedca), Adriano Roberto dos Santos, reunir pessoas em defesa dos direitos das crianças e adolescentes depois de oito anos é uma forma de valorizar o espaço de fala desse público. “A conferência mostra. mais uma vez, que as crianças e adolescentes são prioridade absoluta. Este é o espaço de fala de cada um deles, tê-los aqui depois de oito anos, é a cereja do bolo”, celebrou.

Diversidade

A XI Conferência foi marcada por uma intensa participação da sociedade civil organizada e do poder público. Para a juíza Noeli Salete Tavares Reback, Coordenadora do Conselho de Supervisão e da Coordenadoria dos Juízos da Infância e da Juventude, essa diversidade é essencial para a elaboração de políticas públicas fortes.

“Essa diversidade de assuntos e público do atendimento em rede são relevantes. Lidar com temas que envolvem criança e adolescentes não pode ser de forma isolada, por isso, conferências como essa, com plenárias nos municípios, depois estadual e nacional, apresentarão resultados e melhorias nas políticas públicas que envolvem esse segmento populacional”, ressaltou.

O presidente do Cedca, Adriano dos Santos, ressaltou também a qualidade das discussões durante os três dias. “Os temas abordados e as propostas que aqui nasceram foram riquíssimas e tenho certeza, que muitas crianças e adolescentes serão beneficiadas com elas”, finalizou.

da AEN