Na tarde desta terça-feira (01), a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, afirmou que a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra é a “CPI do fim do mundo”. “Isso aqui é uma tragédia. Nós queremos minimamente tenha legalidade dos atos dessa CPI. É o que não está tendo. Essa CPI que nasceu para criminalizar o movimento social vai restar frustrada por ação do Judiciário porque não tem preocupação com os procedimentos legais e formais”, afirmou durante pronunciamento. Ainda de acordo com a parlamentar, a bancada ruralista acredita que “qualquer coisa vale e pode sem seguir o regimento, a lei e o objetivo da comissão” e que “estão fazendo de tudo para criminalizar o movimento social”.

Não é a primeira vez que Gleisi denuncia a investigação aplicada na CPI. Em 13 de julho, a deputada já havia questionado fragilidades do relatório de diligência da comissão e a sua finalidade. Na ocasião, a parlamentar apontou que a CPI buscava a criminalização do movimento social. “Ela não tem o objetivo de fazer uma discussão séria sobre o que é a produção no campo no Brasil, o que significa a reforma agrária, o Movimento Sem Terra, qual seria a convivência entre o agronegócio e o pequeno negócio, a agricultura camponesa, os assentamentos. Aqui é para criminalizar”, afirmou.