Um levantamento feio pela Bright Cities, a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o Paraná possui a melhor qualidade de vida entre os estados brasileiros. O estudo analisou dados de 326 municípios do país, com mais de 100 mil habitantes, para estabelecer o ranking. A Bright Cities é uma plataforma tecnológica que avalia serviços urbanos prestados pelos municípios. Na outra ponta, cidades do Acre e do Amapá são as que mais carecem de serviços que impactem na melhora da qualidade de vida de seus cidadãos.

A pesquisa auditou 40 indicadores essenciais e de apoio e listou as cinco melhores cidades de cada região do país. A partir do levantamento de cidades, foi estabelecido um ranking de Estados, que analisou a média de pontos das três maiores cidades de cada estado. O Paraná ficou em primeiro lugar nessa avaliação. São Paulo, por sua vez, concentra as cidades com melhores indicadores do Brasil, ocupando as sete primeiras colocações individuais do ranking.

Na lista geral, a região Norte é a que mais demonstra necessidade de melhorias. O total de 31 cidades com população acima de 100 mil habitantes apresentou média de pontuação equivalente a 4,74. No Paraná, a média foi de 6,48 pontos. O estado com os piores indicadores é o Amapá, com apenas duas cidades com mais de 100 mil habitantes: Macapá e Santana.

Conforme Raquel Cardamone, CEO da Bright Cities,cidades com maior PIB per capita, em alguma medida, também exibem melhor desempenho nos indicadores. Por exemplo, o conjunto das 81 cidades mais bem avaliadas no ranking, que representam 25% do total de municípios avaliados, possuem PIB per capita médio de R$ 49,4 mil. Por outro lado, os 25% com menor nota final no ranking exibem PIB per capita médio de R$ 24 mil, ou seja, pouco menos da metade da média observada no outro extremo da distribuição.

Cumpre observar que, de modo geral, capitais apresentam desempenho acima da média de seus respectivos estados, o que ocorre em 18 das 27 Unidades Federativas – sem considerar o Distrito Federal. As exceções foram Curitiba, Salvador, Fortaleza, Belém, Rio de Janeiro, Natal, Porto Velho e São Paulo.

O estudo também concluiu que cidades de médio porte costumam unir qualidades de cidades pequenas e de cidades grandes num só contexto. Como as pequenas, há tendência em boa qualidade de vida, mas já contam com infraestruturas e serviços de grandes cidades – atendimento médico-hospitalar; escolas que abrangem todas as etapas do ensino básico; universidades, centros de pesquisa ou parques tecnológicos e até aeroportos.

Com informações do Valor Econômico