O diretor de Relações Institucionais da Viação Campos Gerais (VCG), Rodrigo Venske, comentou sobre os novos ônibus da viação, em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta-feira (8).
Ônibus elétrico
A Viação Campos Gerais apresentou, na última sexta-feira (1º), o primeiro ônibus elétrico da frota. O veículo deve operar em fase de testes a partir do dia 11 de setembro.
Rodrigo explica que esse veículo é uma novidade no estado e como surgiram as primeiras conversas com a fabricante dele. “Estamos no período de testes com a Marcopolo, que é a fabricante desse ônibus elétrico. É uma novidade no mercado, porque no Paraná ainda não existe nenhum ônibus 100% elétrico em operação”, pondera. “A Marcopolo lançou esse veículo, há uns cinco meses, e assim que isso aconteceu fomos até ela para buscar esse teste. Ponta Grossa precisa fazer um teste com o elétrico, porque estamos em um período de pré-licitação e que se fala em elétrico no novo edital”, acrescenta.
Testes no dia a dia
Ponta Grossa é uma cidade que possui muitas subidas, e essa questão geográfica pode possuir algumas vantagens para o modelo do veículo, segundo o diretor.
“O veículo elétrico Attivi, que é o modelo que estamos falando, tem uma característica que pode ser boa em relação a subidas e descidas. A bateria recarrega conforme a descida, ou seja, possui uma capacidade de retroalimentação”, destaca. “Uma das vias em que testaremos o ônibus elétrico é na Santa Paula, porque ela possui uma longa subida e também a descida para se verificar o quanto existe de eficiência no carregamento. Nesse caso o motorista ‘tira o pé’, e essa é uma forma de o próprio carro carregar a sua bateria”, complementa.
Rodrigo aponta que somente a bateria de um ônibus elétrico possui o valor equivalente a mais da metade do seu custo, e que o restante de sua estrutura é semelhante aos ônibus convencionais. “O segredo do veículo elétrico é a bateria, e 60 a 70% do seu custo é dela. Essa é a grande diferença de um ônibus convencional, que estamos acostumados a ver no dia a dia, para o elétrico”, pontua.
59 anos da VCG e dificuldades no dia a dia
A VCG já está há quase seis décadas oferecendo seus serviços para a população, e como toda empresa que está há tanto tempo no mercado ela possui as suas dificuldades no dia a dia.
“Ela fará 60 anos em abril de 2024. No começo existiam 14 linhas e hoje temos mais de 90, porém o sistema encolheu nos últimos 10 anos. Talvez isso aconteceu devido à facilidade de acesso ao carro, moto e também ao sistema de aplicativo”, assegura.
Desafio
Segundo o diretor, o grande desafio que o transporte coletivo enfrenta hoje é o de conseguir trazer o passageiro de volta e dessa forma torná-lo mais eficiente. “Quanto menos pessoas utilizam o ônibus para ‘ratear’ esse custo, ele vai ficando mais caro”, finaliza.
Confira a entrevista completa: