A ginecologista, Dra. Adriana Lopes, falou sobre menopausa, em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta terça-feira (12).

Menopausa e climatério

A menopausa corresponde ao último ciclo menstrual, ou seja, a última menstruação. Ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Quando ocorre por volta dos 40 anos, é chamada de menopausa prematura ou precoce. “Ela é um sinal de que a mulher não está mais com fertilidade e acontece no período de vida dela que chamamos de climatério”, explica a Dra. Adriana Lopes.

O climatério é o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa. Dessa forma, a menopausa é um fato que ocorre durante o climatério. “Ele começa a acontecer até 10 anos antes de a mulher entrar na menopausa e permanece pelo restante da vida, porque após entrarmos nesse período continuamos nele. Então a menopausa é um sintoma de que estamos nesse período”, pontua a ginecologista.

Mudanças a sintomas

Ela comenta que culturalmente ficou conhecido pelas mulheres que entraram em menopausa quando começam a aparecer muitos sintomas do climatério. “A menopausa é a parada da menstruação por pelo menos um ano, e o climatério vem com vários sintomas. Além da menopausa, começam os famosos ‘calorões’, a alteração de humor, o sono e alguns outros sintomas”, assegura. “Então quando falamos que até 10 anos antes de entrar em menopausa a mulher começa a manifestar sintomas, estamos abordando que a mulher começa a perceber que mudou a qualidade do seu sono, do seu humor, diminuiu a libido, possui uma irritabilidade e um fadiga maior”, acrescenta.

A Dra. Adriana explica que a média de idade que a mulher brasileira entra na menopausa é aos 50 anos. “Acontece que muitas mulheres que começam a apresentar alterações de humor e de sono aos 40 anos são tratadas com ansiolítico e medicamentos para dormir, e isso é um paliativo”, ressalta. “Ele melhora entre aspas, porque nós não estamos equilibrando a causa disso, que é hormonal. É por isso que hoje o tratamento para equilibrar os hormônios começa mais cedo, e essas mulheres acabam se beneficiando porque muitas vezes não precisam usar antidepressivos, ansiolíticos nem remédios para dormir”, pondera.

Continuidade dos sintomas

A especialista aponta que 30% das mulheres passam por esse período sem sentir sintomas, porém existem algumas que permanecem com os sintomas até possuir um idade mais avançada. “Dos 70% das mulheres que possuem sintomas, cerca de 15 a 20% permanece com eles após 70 e 80 anos de idade”, destaca.

Tratamento para equilibrar os hormônios

A Dra. Adriana celebra que 70% das suas pacientes são mulheres acima dos 40 anos que a procuram para fazer esse cuidado de reposição e equilíbrio hormonal para amenizar os sintomas do climatério e menopausa.

“Eu estou muito feliz porque a cidade tem reconhecido a importância de fazer esse tratamento a partir dos 40 anos, e isso é gratificante”, afirma. “Eu falo para as pacientes que elas têm a opção de tratar ou não a menopausa, porém tenho a obrigação e compromisso de explicar o que é a menopausa e o que elas terão de benefícios e riscos na utilização dos hormônios. Dessa forma elas possuem o livre arbítrio de decidir o que é melhor para elas”, finaliza.

Serviço

Você pode acompanhar a Dra. Adriana Lopes pelo instagram.

Confira a entrevista completa: