A médica neurologista, Dra. Mariana Welling, falou sobre doenças neurodegenerativas, em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta quinta-feira (26).

Doenças neurodegenerativas

As doenças neurodegenerativas são condições debilitantes que afetam pessoas de todas as idades e resultam na degeneração progressiva e/ou morte de neurônios. As mais comuns são Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla.

“Elas são alterações que vão causando a morte dos neurônios ou que interferem no funcionamento das vias relacionadas ao aparecimento dos sintomas. Um exemplo são as vias vias extrapiramidais na Doença de Parkinson e as vias colinérgicas nas demências, principalmente na Doença de Alzheimer”, explica a especialista. “Então ela se trata do não funcionamento adequado, muito provavelmente relacionado à deposição de proteínas e ‘sujeiras’, que fazem com que o cérebro vá perdendo a capacidade de fazer a limpeza adequada”, complementa.

Ela também afirma que além desse acúmulo de proteínas também existe muita inflamação. “Então quando o nosso cérebro para de interpretar corretamente como deve ser feita essa regeneração, aparecem as doenças neurodegenerativas. A maior parte delas tem um componente genético muito significativo, então já está meio que determinado que em alguma fase da vida o paciente vá perdendo essa regulação na limpeza dessas toxinas e proteínas que são depositadas de forma anormal no tecido cerebral”, pontua.

Mudança no estilo de vida e prevenção

A prevenção às doenças neurodegenerativas está ligada a uma mudança de hábitos e estilo de vida. Praticar exercício físico regularmente, controlar o estresse, ter um sono adequado, não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool são fatores que contribuem para que essas doenças sejam evitadas.

“No Alzheimer, por exemplo, nós sabemos que somente 5% dos casos tem uma hereditariedade ligada à questão genética. Ela é uma mutação que a pessoa desenvolve, não necessariamente hereditária”, afirma. “A mudança de alguns hábitos é importante para a prevenção dessas doenças”, acrescenta.

A qualidade do sono é muito importante neste processo, segundo a Dra. Mariana. “O sono é um dos fatores que precisa estar funcionando bem para o não desenvolvimento dessas doenças, porque a limpeza dessas substâncias no cérebro, em sua maior parte, será durante o sono profundo”, ressalta. “É muito comum pacientes que me procuram por estarem com a memória fraca e relatam que dormem mal. A alteração de humor e o sono não reparador são as grandes causas relacionadas à perda de memória nos pacientes jovens”, pondera.

Serviço

A Dra. Mariana Welling atende na R. Tiradentes, 976 – Centro; e o telefone para contato é: (42) 9 9121-2510.

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Confira a entrevista completa: