O sacerdote dos Arautos do Evangelho, Padre Mateus Taneguti, que recebeu o título de cidadão honorário de Ponta Grossa pelo seu trabalho de evangelização, esteve no programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta quarta-feira (01) falando sobre o Dia de Todos os Santos e o Feriado de Finados.
Leia os principais pontos da entrevista:
Dia de Todos os Santos
O padre explica que o Dia de Todos os Santos, para a Igreja Católica, é oficialmente no dia 01 de novembro, mas, neste ano, será celebrada com o fiéis no próximo domingo, dia 5. Taneguti ainda explica que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) transfere as datas das celebrações que caem durante a semana para o domingo seguinte.
Explicando primeiramente quem são os santos, padre Mateus diz que “não são super-heróis, são homens como nós. Mas que de alguma forma, pela vida, pela virtude, pelo exemplo, pelo testemunho, eles são constituídos e aclamados como modelos”. E conta que existe um processo feito pela Igreja Católica para averiguar a idoneidade destas pessoas e que existe o ‘Advogado do Diabo’, pessoa responsável por encontrar e apresentar um motivo para que não seja realizada a santificação. “É a prova de fogo se realmente a pessoa deve ser considerada um exemplo”, diz o padre.
Sobre a festa, ele conta que foi instituída no século IX pelo Papa São Gregório e conta que alguns santos realizaram grandes prodígios e milagres, que são inexplicáveis pela ciência, explicado apenas pelos ‘olhos da fé’, sem ser fruto da imaginação das pessoas. “Não são os santos que fazem milagres, Deus quem faz através dos seus intercessores que são santos”, declara. E diz que apesar dos santos não serem super-heróis, são heróis da vida real “porque superam aquilo que a nossa natureza humana, errada, decaída pelo pecado, não consegue dar”.
Dia de Finados
O padre explica que a palavra ‘finados’ tem origem no latim finātus, que significa terminado, acabado. O nome do feriado estabelecido anualmente e nacionalmente no dia 02 de novembro, refere-se “ao período daqueles que passaram a sua existência aqui na terra que está acabado, findado”, declara o sacerdote, aludindo-se às pessoas que já faleceram.
Apesar do feriado ser marcado pela tradição dos brasileiros de visitarem os túmulos dos entes queridos já falecidos, ele conta que “a Igreja Católica não celebra o Finados (feriado) com a mentalidade de celebrar os mortos apenas (…), nós não festejamos a morte, mas a vida após a morte”, declara o padre referindo-se à um texto do Catecismo da Igreja Católica. E explica que este significado se dá “porque a ressurreição de Cristo nos conquistou com sua morte”, diz ele.
Os primeiros registros dessa tradição de visitar os túmulos neste dia, data-se do século I pelo falo dos cristãos terem o costume de visitar os locais onde estavam sepultados os primeiros mártires da Igreja, conta o sacerdote. No século VIII então, o Papa Gregório III autorizou os padres a celebrarem a memória dos falecidos. Ele ainda explica que Finados é uma festa litúrgica, por isso a data se tornou feriado.
Confira a entrevista na íntegra: