A nutricionista Adriane Colaça foi uma das entrevistadas no programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta quarta-feira (09) e falou sobre a neuronutrição, área de estuda a relação entre a alimentação saudável e a saúde mental.
Leia os principais pontos da entrevista:
A profissional explica que a neuronutrição é um conceito novo dentro das áreas de estudos da Nutrição. “Com o avanço dos estudos das patologias, nós, cada vez mais, fomos compreendendo que esses nutrientes que a gente ingere, também têm potencial de interferir na química cerebral”, declara, enfatizando que os nutrientes fornecem substratos para a produção e qualidade dos neurotransmissores formados.
Adriane comenta que até mesmo dores de cabeças recorrentes podem ser sinais de intolerâncias alimentares. O desequilíbrio da microbiota intestinal “possui substratos que conseguem ultrapassar barreiras hematoencefálicas (que protegem o cérebro) produzindo uma inflamação no cérebro. Um desequilíbrio ou carência de macro ou micronutrientes também pode desencadear estes processos”, afirma Adriane.
A nutricionista explica que a glicose é priorizada pelas células neurais. “O cérebro adora glicose”, afirma. Nas dietas atualmente muito divulgadas, com reduções drásticas de carboidratos, um dos primeiros sintomas que a pessoa sente ao ficar na abstinência da glicose, é a dor de cabeça.
No entanto, os altos níveis de glicose podem causar uma resistência insulínica, ou seja, quando as células apresentam dificuldades na absorção da glicose, a qual eleva seus níveis no sangue. “Esses indivíduos também começavam a apresentar quadros neurológicos”, afirma, explicando que o que acontece no corpo está ligado diretamente à química cerebral, aumentando desta forma casos de melancolia, depressão e ansiedade.
Para que não haja esse desequilíbrio e nem esse desconforto na hora de fazer uma dieta, o correto é procurar pela ajuda de um profissional. “Alguns indivíduos, até mesmo na dieta saudável, terão algumas limitações, pois já apresentam alguma patologia ou alguma condição metabólica que requer um ajuste de macro ou micronutriente, então o correto é que faça esse processo sempre com a ajuda de um profissional”, assinala a nutricionista.
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Confira na íntegra a entrevista com médica hematologista:
