Em bate-papo exclusivo durante o programa Ponto de Vista, apresentado por João Barbiero, na Rede T de rádios do Paraná, na manhã deste sábado (11), o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, ressalta que a entidade precisa ser melhor compreendida pelo povo brasileiro, quanto à sua relevância, representatividade e função, embora seja, hoje, a sexta marca de maior credibilidade.
Desde que Lima chegou à presidência da entidade, o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) subiu duas posições no ranking das marcas de maior credibilidade: em sete meses, passou de oitava para sexta marca de maior credibilidade. “Já conseguimos dar essa alavancagem de credibilidade, na aferição do conceito do que o povo brasileiro acredita e do que gosta, como mercado e como instituição. O Sebrae pertence ao Sistema S, mas, nele, o único que ranqueia é o Sebrae neste campo da credibilidade”, frisa.
O ranking a que Lima se refere é elaborado pela revista IstoÉ Dinheiro e a pesquisa considera 48 atributos dentre as dimensões de diferenciação, relevância, estima e familiaridade – como responsabilidade social, originalidade, progresso, dinamismo, confiança, utilidade e valor agregado. As outras cinco marcas à frente do Sebrae no ranking de credibilidade nacional são empresas: Nubank, Havaianas, Mercado Livre, Natura e Cacau Show. No ano passado, o Sebrae ficava atrás de Nubank, Tramontina, iFood, O Boticário, Americanas, Magazine Luiza e Natura.
“Qual é o produto que o Sebrae tem? O Sebrae é a ‘Porta da Esperança’ do povo brasileiro, pois 60% da população brasileira hoje deseja ser empreendedor. O Sebrae é, justamente, essa porta onde as pessoas entram e conseguem concretizar este sonho do empreendedorismo. O Sebrae não é apenas uma porta de sonho, mas de realização dos sonhos“, reforça Lima. O presidente do Sebrae assegura, ainda, que a instituição permite ao empreendedor concretizar seus objetivos com segurança, gestão e um ambiente de negócios que oferece as ferramentas do sucesso.
“O Sebrae representa, hoje, 94% dos CNPJs do nosso país; 94% são micro, pequenos e MEI e esses 94% são responsáveis por 55% dos empregos formais do Brasil. É a base do processo da economia brasileira, mas, ao mesmo tempo, 30% do PIB. Os outros 6% ficam com 70% da riqueza”, observa.
Lima reforça que o Sebrae é “a porta do sonho dos pobres, dos pequenos, dos que acordam de manhã e enfrentam a voracidade de um mercado econômico que foi feito para acumular riqueza”. “O presidente Lula me designou esse papel, porque ele tem essa clara compreensão que o Sebrae é um instrumento importante para que nós possamos proteger a economia brasileira dos pequenos, daqueles que acordam de manhã e se viram para obter uma renda”, diz.
Atualmente, 23 milhões de brasileiros são MEIs ou micro e pequenos empresários. Ao mesmo tempo, outros 19 milhões estão na informalidade – o popular “bico”. O desafio do Sebrae é formalizar o negócio desse trabalhador, a fim de contribuir para que o negócio dele prospere e tenha segurança e longevidade. “Quando ele se formaliza, o aumento da renda dele é de, no mínimo, 25% a 30%, porque ele ganha credibilidade”, aponta.
“A economia de resultado não é mais naquele modelo fordista, da fábrica. A fábrica ainda existe, mas ela se pulverizou nos pequenos negócios. Se pegarmos a indústria do varejo internacional, toda a produção de vestuário, por exemplo, é produzida por mulheres costureiras dentro de suas casas, nos seus pequenos negócios, que são MEI e estão se virando para entregar uma produção. São os pequenos que viabilizam a economia dos grandes e é por isso que os pequenos representam, também, a maior fonte de distribuição de riqueza”, analisa o presidente do Sebrae. De 1,4 milhão de novas vagas de emprego abertas neste ano, 1,1 milhão foram geradas pelo pequeno negócio, conforme Lima.
O Sebrae é uma entidade privada que promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável de empreendimentos de micro e pequenas empresas – ou seja, aquelas com faturamento bruto anual de até R$ 4,8 milhões.
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