O tripulante de navios de cruzeiros, Pedro Mesquita foi um dos entrevistados no programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta segunda-feira (13) e contou sua experiência de como foi trabalhar em alto-mar, nas embarcações.
Leia os principais pontos da entrevista:
Recém chegado novamente na cidade, há apenas duas semanas, Pedro Mesquita, de 26 anos, conta que é natural de Candói, mas que mora em Ponta Grossa desde sua infância. Ele relata que em dezembro de 2022 viu um anúncio na internet convocando pessoas para trabalhar em navios de cruzeiro e resolveu preencher o formulário. Dentre os requisitos estavam apenas ter nível básico em inglês e, após uma entrevista online, foi aprovado para a vaga. Ele fez alguns cursos pela empresa e em abril deste ano estava embarcando no navio.
Nos cursos, conta que aprendeu como se proteger em casos de acidentes e que, como tripulante, tem responsabilidade pelas vidas das pessoas embarcadas, então aprendeu como funciona o navio e quais são os procedimentos de segurança. Pedro explica que existe um manual com instruções para a segurança na embarcação chamado SOLAS, estabelecido na Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar.
Pedro Mesquita ainda relata que a experiência para os tripulantes e passageiros é totalmente diferente; o trabalho nas embarcações é regido pela Convenção sobre o Trabalho Marítimo (MLC) e que trabalhava dez horas por dia, sete dias por semana, sem folgas, porém tinha dez horas de descanso e três horas de almoço que usava para conhecer os países por onde passava.
Pedro afirma que já conheceu 17 países nos sete meses em que trabalhou em alto-mar. “Tudo tem seus prós e contras”, diz ele e afirma que o principal desafio de trabalhar embarcado é ficar longe dos familiares e amigos. “Ainda que todo dia você esteja em uma cidade diferente, em um país diferente (…) você está longe da sua família, você está longe dos seus amigos, você está longe da sua língua, você está longe da sua comida”, pondera.
“Tudo que você encontra em uma cidade, você encontra no navio”, diz Pedro. No entanto diz que “o choque cultural acontece quando você embarca no navio, porque já é muito plural”, dizendo que existem povos de diferentes nacionalidades e culturas no mesmo local.
Confira a entrevista na íntegra: