Solidariedade e sustentabilidade caminham de mãos dadas. Prova disso é 3RS Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Curitiba que esteve na Assembleia meses atrás para conhecer e participar do Programa Tampinha Paraná, que coleta tampinhas plásticas que serão doadas às instituições carentes do Estado. Recentemente eles fizeram uma doação significativa ao programa, e nesta sexta-feira (24), trouxeram mais uma quantidade significativa de tampinhas. A entrega ainda foi acompanhada pelos integrantes da Câmara Mirim do município de Tijucas do Sul, que estavam na sede do Poder Legislativo fazendo uma visita guiada.

E, nesta quinta-feira (23), a presidente do Conselho de Ações Voluntárias e Solidariedade da Assembleia Paraná, Rose Traiano, esteve na associação para agradecer a adesão deles ao programa e para conhecer o processo de reciclagem. “Agradeço a Denise pela oportunidade de conhecer de perto como funciona no dia a dia a reciclagem e de poder falar da importância da colaboração das pessoas nesse processo”, disse ao frisar que é necessária uma ação de todos para que o lixo chegue à associação de forma mais adequada e fácil para ele separarem. “Acredito que mais pessoas teriam que conhecer para poder colaborar e ajudar mais nessa corrente do bem e também gostaria de agradecer por eles estarem participando do Tampinha Paraná e ampliando ainda mais essa corrente de solidariedade e sustentabilidade”

Denise Garrett, presidente da associação, comentou que eles separam em torno de 70 toneladas de reciclável no mês, mas tem grande dificuldades porque o descartável vem muito misturado. “Faço um apelo para que todos separem o lixo corretamente, porque vem muita mistura de orgânico e reciclável e com isso perdemos muito tempo para separar. E, se não tivesse toda essa mistura de material seria bem mais rápida e facilitaria muito a separação”, explicou. “Uma simples tampinha que nós separamos ajuda muitas pessoas e tem a campanha da Tampinha Paraná, que é para arrecadar tampinhas para ajudar todos os idosos do Paraná. Então vamos separar corretamente que com isso vai facilitar muito para todo mundo e vai ajudar muito nossos idosos”, afirmou.

Quem também falou da importância do projeto e da necessidade e da importância da reciclagem foi o biólogo Johnny Flores. “A gente pode dividir em dois grandes grupos: a importância da reciclagem no que se refere à questão ambiental e principalmente aqui na América do Sul, em alguns países da Ásia também, e a questão social. Então, para o meio ambiente, claro que a gente reciclando, separando os materiais em casa, a gente vai economizar recursos naturais que seriam utilizados para fabricar novos produtos. E por outro lado, a gente também consegue gerar renda e emprego para os catadores que fazem parte das associações e cooperativas de materiais recicláveis aqui de Curitiba”, comentou.

Ele também destacou a importância da arrecadação das tampinhas e outros materiais recicláveis. “Conseguimos economizar de um lado recursos naturais, como água, energia, entre outros recursos naturais que seriam utilizados para fazer novos produtos e por outro lado a gente acaba beneficiando um público que é extremamente carente e necessitado, como os idosos. No final de contas a gente vai pegar essas tampinhas, comercializar e gerar um benefício para essas pessoas”.

É lei no Paraná

A Lei Estadual 21.697/2023 cria o Programa Tampinha Paraná e a nova legislação foi apresentada pelos deputados Ademar Traiano (PSD), Alexandre Curi (PSD) e deputada Maria Victoria (PP). A iniciativa do programa foi do Conselho de Ações Solidárias e Voluntariado da Assembleia Legislativa do Paraná e visa unir esforços de entidades públicas e privadas para promover a cultura de sustentabilidade ambiental e também de proteção às pessoas vulneráveis e representa o atendimento às demandas sociais de diferentes matizes. Ele será divulgado e promovido pela Assembleia, visando à adesão de Câmaras Municipais, Prefeituras e outros órgãos públicos. Os interessados devem enviar ofício à Presidência da Assembleia Legislativa, órgão responsável pela aprovação da adesão.

da ALEP