O médico especialista em oftalmologia, Gianmarco Penteado, esteve no programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta-feira (08) falando sobre glaucoma.

Leia os principais pontos da entrevista:

O médico explica que o glaucoma é uma doença que acomete o nervo óptico, nervo que ‘leva as informações’ para o cérebro, onde as imagens são processadas. Na doença “vai se perdendo as fibras do nervo óptico, ou seja, o nervo vai quebrando”, diz o oftalmologista. Com isso o paciente acometido vai perdendo a visão, primeiramente de forma periférica e progredindo para a visão central.

Gianmarco diz que é uma doença silenciosa, e que no início pode passar despercebida. Um dos maiores indicadores da presença da doença é a pressão intraocular. “Quanto maior a pressão intraocular, maior será o desenvolvimento do glaucoma e a piora da visão”, pontua Penteado. “Mas existem hoje glaucomas de pressão normal”, assinala, explicando que a pressão elevada não é uma regra.

Grupos de risco
Em pessoas com idade acima de 30 anos, a doença tem maior prevalência, portanto deve-se ter mais atenção aos sinais a partir desta idade. Ainda pode piorar seu quadro principalmente por três fatores: diabetes, hipertensão e indivíduos que têm apneia do sono ou que roncam. Nas mulheres os casos de glaucoma também são maiores; a cada três pessoas acometidas, duas são mulheres.

A etnia também é um fator de maior propensão à doença. Penteado diz que pessoas negras e orientais estão entre os grupos de maior acometimento; nestes grupos também surge um tipo de glaucoma classificado como pigmentar, pois estas pessoas “possuem mais melanina na íris, e essa melanina vai entupindo onde drena o líquido interno do olho”, explica o médico.

Diagnóstico
Penteado ressalta que é importante consultar ao menos uma vez por ano com um oftalmologista, pois no consultório o profissional fará a aferição da pressão intraocular e outros exames que confirmam a presença da doença.

Confira a entrevista na íntegra: