Foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (8) a Lei 14.792, que cria o Dia Nacional da Saúde Única. O texto, de autoria do senador Flávio Arns, institui 03 de novembro como a data a ser relembrada e busca conscientizar a sociedade sobre as relações entre as saúdes humana, ambiental e animal, além de estimular o equilíbrio entre as áreas.

O autor da proposta argumenta que a Organização Mundial de Saúde Animal estima que 60% de todas as doenças que afetam os humanos são zoonoses, ou seja, doenças infectocontagiosas transmitidas pelos animais. “Muitas doenças podem ser melhor prevenidas e combatidas por meio da atuação integrada entre a medicina veterinária, a medicina humana e outros profissionais de saúde. A saúde única é uma abordagem que considera como humanos e animais interagem ecologicamente em um ambiente, onde qualquer alteração nestas relações provocará desequilíbrios e, consequentemente, a propagação de doenças”, afirma Arns na justificação da iniciativa. Nas redes sociais, o senador agradeceu também Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Paraná pelo apoio na elaboração da proposta.

Para o relator Paulo Paim, a abordagem da saúde é multidisciplinar e pode ajudar a humanidade em ameaças futuras, evitando novas pandemias, por exemplo. “Somente nos últimos anos é que se observou um esforço de aproximação e diálogo entre essas áreas. É justamente o conceito de saúde única, correspondente ao inglês one health, a pedra angular para buscarmos superar uma visão estanque e compartimentalizada, promovendo a abordagem multidisciplinar e abrangente das questões relacionadas à saúde e ao equilíbrio ambiental”, afirmou.