Domingo, 13 de Outubro de 2024

Espionagem ilegal da Abin é “um dos maiores escândalos da história da República”, afirma Gleisi Hoffmann

2024-01-25 às 15:50

Em suas redes sociais, a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, falou sobre o inquérito da Polícia Federal (PF) e Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga espionagem ilegal realizada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O processo aponta que deputados, ministros e adversários políticos do então presidente Jair Bolsonaro eram monitorados.

Para Gleisi, trata-se de “um dos maiores escândalos da história da República”. “Comprova que Jair Bolsonaro e seus cúmplices nunca tiveram limites para grampear, perseguir e usar instituições de estado contra seus adversários. O que foi revelado, atingindo parlamentares, governador de estado, tribunais superiores, é apenas a ponta de um novelo que envolveu dezenas de milhares de pessoas espionadas pelo pior presidente de todos os tempos”, acrescenta. A parlamentar afirma que é necessário um julgamento e punição exemplar para os envolvidos.

Entenda

Nesta quinta-feira (25), a PF fez buscas contra o ex-diretor-geral da Abin, deputado federal Alexandre Ramagem (PL) – amigo e aliado político da família Bolsonaro – e outros servidores da agência, suspeitos de envolvimento com a espionagem ilegal. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passosda também informou que os alvos eram opositores do governo do ex-presidente: rivais políticos, jornalistas, juízes, professores e sindicalistas.

No dia 4 de janeiro, em entrevista ao Globo News, o diretor-geral da PF, já havia afirmado que em torno de 30 mil pessoas foram monitoradas ilegalmente pela Abin. ““Esses dados de monitoramento dos cidadãos brasileiros estavam armazenados em nuvens em Israel, porque a empresa responsável por essa ferramenta é israelense”, declarou.