Domingo, 13 de Outubro de 2024

Gleisi Hoffmann relembra ligação de ONG com a Lava Jato e critica relatório sobre corrupção

2024-01-30 às 15:51
Foto: Saulo Scheffer

Nesta terça-feira (30), a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, criticou o levantamento publicado pela ONG Transparência Internacional (TI) que afirma que o Brasil recuou posições no ranking sobre percepção da corrupção. “A ONG tem longa trajetória de desinformação sobre os governos do PT, mas no relatório anual divulgado ontem passaram dos limites. Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flavio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a PGR, revela apenas a má vontade e a oposição política da ONG a Lula e ao PT”, escreveu a parlamentar em seu X.

Em complemento, Gleisi questiona: “Queriam que Lula indicasse procurador-geral e ministros lavajatistas? Expliquem antes quem financia vocês, abram suas contas, expliquem os negócios em que se envolveram com Moro e Dallagnol”. Ainda de acordo com a deputada, a TI “de transparente só tem o nome”. “As investigações sérias revelaram que a TI foi não apenas cúmplice de Sergio Moro e Dallagnol na perseguição a Lula e ao PT: seus dirigentes tornaram-se sócios nas tentativas da dupla de se apropriar de recursos públicos ilegalmente, o que foi felizmente barrado pelo STF”, pontua.

Entenda

O relatório publicado pela TI aponta que o Brasil ocupa a posição 104 entre os 180 países listados. O ranking vai de 0 a 100 e quanto mais baixo o índice, maior a percepção de corrupção em um país. O Brasil obteve 36 pontos no índice – anteriormente, o país havia obtido 38. A média global foi de 43 pontos.

No relatório, é pontuado que “o novo governo vem falhando na reconstrução dos mecanismos de controle da corrupção e, junto deles, do sistema de freios e contrapesos democráticos”. Além disso, Lula teria contribuído com o cenário atual após a indicação de Cristiano Zanin ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal e escolher Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República.

A relação entre a TI e Lava Jato foi apontada em diálogos entre procuradores apreendidos na Operação Spoofing. As conversas indicam que a ONG tinha receio de não receber recursos de uma fundação criada com recursos do acordo de leniência. Além disso, os chats mostram que Deltan Dallagnol tinha uma relação próxima com o diretor da Transparência Internacional.