Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quinta-feira (1º), a cantora ponta-grossense, Isabela Huk, falou sobre sua carreira musical e principais referências.

Como Isabela começou a cantar

A cantora relembra que começou a cantar em um coral quando tinha apenas três anos. “Essa apresentação foi para aproximadamente 100 pessoas e a partir disso eu nunca mais parei de cantar, porque eu me identifiquei muito. Na sequência comecei a fazer aula de violão e tudo foi se encaminhando até que eu fiz conservatório por um longo período da minha vida”, ressalta.

Ela também afirma que sempre participou de eventos culturais da cidade e que isso a agregou muito. “Eu sempre participei das cantatas natalinas e nós cantávamos nas janelas da Estação [Saudade], então sempre fui muito atuante dentro do cenário cultural de Ponta Grossa”, pontua.

Mercado fonográfico atual

Isabela acredita que o mercado fonográfico atual está voltado ao consumo imediato e que as redes sociais também influenciam nas músicas que são lançadas. “As pessoas estão consumindo imediatismo, ou seja, tudo é tendência e precisa ser consumido de uma forma imediata. Nós vivemos em um momento em que as redes sociais possuem muita força e os vídeos são muito curtos, então o refrão precisa ser curto e ter um impacto de alguma forma [para repercutir nessas redes]”, ressalta.

A presença da alegria nas músicas modernas possui uma ligação com os momentos difíceis pelos quais a população passou recentemente com a pandemia, segundo a cantora. “Nós viemos de um período muito pesado em que as pessoas precisaram ficar em suas casas, então não tivemos tempo para melancolia após esse processo. As pessoas estão em busca de entretenimento e deixando de lado a pauta de uma música que traga uma mensagem que as mude de alguma forma”, afirma.

Público segmentado

Isabela pontua que recentemente foi a um show de um grupo musical paranaense que possui uma grande afinidade e acredita que ainda existe um público que consome músicas de mensagem.

“Recentemente fomos ao show da banda ‘Tuyo’ [de Curitiba], que possui letras que te colocam para pensar e falam sobre a vida como ela realmente é. Eu percebi que as pessoas cantavam as músicas juntamente com a banda, então existe público para esse estilo musical”, destaca.

Ela acredita que as músicas que possuem essas características não possuem o mesmo investimento que as músicas que estão mais voltadas ao nicho do entretenimento. “Existe uma diferença de investimento muito grande, então o impacto para o público será grande tanto na narrativa quanto na finalização [do processo]. O nosso país possui características climáticas e influências musicais de vários gêneros, e isso também influencia no sucesso que as músicas voltadas ao entretenimento possuem”, pondera.

Referências da cantora

A cantora explica que possui diversas referências de gêneros mais antigos e também de alguns mais modernos para compor as suas músicas. “Eu trago bastantes referências da nova MPB, que é muito semelhante à banda que eu citei [Tuyo], e também da música pop. Eu não descarto esses timbres e gêneros novos que estão surgindo, então o meu trabalho acaba sendo uma mistura entre eles”, ressalta.

Isabela também acredita que existe espaço para todos os gêneros no mundo da música. “Se você quiser escutar uma música para rebolar até o chão ou para chorar abraçado no travesseiro, possui nicho musical para todos esses diferentes gostos”, afirma.

Ela destaca que existe um conflito interno para compor as suas musicas, pois quer agradar o público mas sem perder a sua essência. “Você tem um conflito interno para pensar em trazer algo novo que agrade o público que está ouvindo, mas também ficar feliz com o trabalho que está sendo realizado. Sempre se tratam de composições que você entrega sentimento no trabalho e as minhas falam também de histórias de outras pessoas”, finaliza.

Serviço 

Você pode conferir os conteúdos da cantora ponta-grossense, Isabela Huk, através das suas plataformas digitais neste link.

Confira a entrevista completa: