Sábado, 12 de Outubro de 2024

“A vacinação é a melhor forma de prevenção de qualquer doença”, destaca a Dra. Gabriela Margraf

2024-02-02 às 16:06

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta-feira (02), a infectologista, Dra. Gabriela Margraf Gehring, e a farmacêutica e sócia-proprietária da Vacinalar, Cristina Rocha Batista, falaram sobre o aumento do número de casos de dengue no país e importância da vacinação.

Aumento do número de casos e vacina contra a dengue

O aumento do número de casos de dengue no país gerou uma preocupação para as autoridades. O Ministério da Saúde informou que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. A lista completa pode ser acessada aqui.

Trinta municípios do Paraná vão receber o primeiro lote da vacina contra a dengue enviado pelo Ministério da Saúde. A informação foi confirmada na manhã do dia 25 de janeiro pela pasta federal. Serão 21 municípios da 17ª Regional de Saúde (RS) de Londrina e nove da 9ª RS de Foz do Iguaçu.

A Dra. Gabriela reforça a importância da conscientização da população em relação à vacinação para a prevenção de doenças. “A vacinação é a melhor forma de prevenção de qualquer doença, então é importante que a nossa carteira de vacinação esteja sempre atualizada”, destaca.

Ela também pontua que a vacina contra a dengue em bula no Brasil está licenciada para o público de quatro anos até os 60. “Toda essa faixa etária deve tomar a vacina [duas doses] na rede privada. Agora, também está vindo para um grupo específico prioritário a vacinação através do SUS”, afirma. “Ela é uma vacina de vírus atenuado, então em um paciente muito imunossuprimido ela pode causar a doença. Por isso é necessário tomar o cuidado em relação à faixa etária”, complementa.

Cristina aponta que a Vacinalar já está trabalhando com a vacina contra a dengue. “Nós estamos trabalhando com a vacina Qdenga do laboratório Takeda Pharma. Esta vacina entrou no mercado em maio do ano passado e as clínicas privadas disponibilizam-na. Estamos tendo uma demanda bastante satisfatória em relação a ela”, assegura.

Sintomas inespecíficos

A infectologista pontua que existem alguns sintomas que trazem a suspeita da doença, porém são inespecíficos. “Nós suspeitamos de dengue a partir do momento que você mora em uma região endêmica ou se foi viajar para alguma dessas regiões. É tudo inespecífico, porque o paciente pode ter [ou não] febre, dor muscular, diarreia, náusea, dor de cabeça, no corpo e mal-estar”, explica.

Ela também aponta que perguntam ao paciente se no local em que ele estava possuía muitos mosquitos. “A maioria das pessoas não consegue notar a picada do Aedes aegypti, porque normalmente você não a sente. Então é necessário observar o quadro clínico do paciente, se viajou ou não e realizar os exames iniciais de investigação”, ressalta.

Teste rápido

O teste rápido de dengue IgG IgM e antígeno NS1 normalmente é indicado para pacientes com sintomas e na busca de um diagnóstico precoce da doença, porém a Dra. Gabriela afirma que o resultado não é 100% confiável para casos em que o resultado é negativo. “É importante informar as pessoas que quando o teste gera um resultado negativo não está descartada a possibilidade da doença. Em alguns casos pode ser que o resultado seja um falso negativo”, pondera.

Em casos que a suspeita de dengue continua após o resultado negativo, a especialista destaca que o caso continua sendo conduzido como de suspeita de dengue mesmo após o teste. “Às vezes você conduz o paciente durante uma semana como suspeita de dengue e o diagnóstico será realizado após ela. Em alguns casos o paciente já até está melhor e a partir disso você coletará a sorologia dengue IgM e pode aparecer positivo, por exemplo. Pode ser que demore esse período para aparecer o anticorpo e nesse tempo ele estará sendo conduzido como suspeita de dengue”, explica.

Sinais de alarme

A infectologista também ressalta que existem alguns sinais de alarme em que o paciente precisa procurar o atendimento médico de emergência. “Se você tiver episódios frequentes de vômito, por exemplo, é importante procurar uma Unidade de Pronto Atendimento para ser atendido. Outros sintomas que são alarmantes são a diminuição do volume da urina e o sangramento da gengiva ao escovar os dentes”, alerta.

Clima de Ponta Grossa favorável

Segundo a Dra. Gabriela, o clima de Ponta Grossa ajuda a cidade a não ser um grande foco da doença. “O nosso clima é um pouco mais favorável a não ter tantos casos de dengue, porém as pessoas devem ter os mesmo cuidados básicos [para não virar um foco]. É necessário cuidar do nosso ambiente de casa e usar repelente”, assegura.

Serviço

A Vacinalar está localizada na Rua Dr, R. Joaquim de Paula Xavier, 440 – Jardim América; e o telefone para contato é: (42) 3222-5054. Você também pode conferir os conteúdos através do site.

A Dra. Gabriela Margraf Gehring atende na R. Balduíno Taques, 235 – Oficinas; e o telefone para contato é: (42) 9 9114-9080. Você também pode conferir os conteúdos da infectologista através do instagram.

Confira a entrevista completa: